Eu
e o Caixa Preta estávamos fazendo a nossa tour pelos botecos da
cidade, pois com esse calor que parece que estamos em pleno Saara
pelados no sol, só aquela cerva bem gelada ia resolver e aplacar a
nossa sede.
Fazer
o que ? Vamos encarar a sujeira do Porcão, pegamos o rumo daquele
antro tão amado, onde o tratamento vip a nós dedicado pelo Galak me
deixavam com os olhos marejados e com vontade de matá-lo.
Expliquei
ao velho Caixa que aquela vida estava me cansando, o Guerrilheiro do
Cerrado estava inspirado e me fez ver que era besteira.
A
explicação do cabra me convenceu de uma vez por todas, pois o lado
social me fez despertar e desistir de vez daquela ideia insana.
Dizia
ele que outro dia tinha pensado realmente em parar de beber, mas teve
que repensar, apesar da vergonha de chegar em casa e dormir na
casinha do cachorro.
Mas
o forte sentimento de dever social como cidadão falou mais alto,
quando pensou nos milhares de trabalhadores nas cervejarias,
distribuidoras, botecos que com seu emprego sustentam suas famílias.
Bate
então muito forte a responsabilidade, a consciência pesada, não
posso para de beber! Afinal eles dependem de mim. Tomamos um porre de
lascar.
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