NÃO DEIXEM O SAMBA MORRER

Não, eu não conhecia Marcelo Sena, mas conheço e adoro samba, aquele que traz em suas letras as mágoas de amores, desencontros ou o louvor quase eterno da vida e da alegria, duvido que numa roda de samba, naquela empolgação alguém fique parado.

Ninguém é de ferro, não dá pra resistir ao ritmo, é contagiante, a gente se deixa levar e a alegria toma conta.

Um músico considerado, com admiradores por todo o DF, ainda um jovem senhor, mas infelizmente nos deixa, que isso não nos entristeça, vamos lembrar com a alegria, que ele junto com a música nos brindou enquanto viveu.
Ainda que cause estranheza, vamos lembrá-lo, não como uma perda, mas com a certeza de que a lembrança não será apagada.

PRATO PRINCIPAL

Muita gente já escreveu sobre isso, mas como é difícil de entender, principalmente se o assunto for família, aí o bicho pega.

Família é um assunto interessante, mas não é fácil você destrinchar ou preparar um prato com tantos e diversos ingredientes, haja paciência e coragem.

Quando você se depara com aquela quantidade de ingredientes tão diversos, juntar tudo no mesmo prato não é tarefa pra qualquer master chef por mais experiência que tenha, muitos desistem no meio do caminho.

Mas com jeitinho os milagres acontecem, família o prato principal começa a tomar forma, no número de cadeiras, pequeninos detalhes que nos aproximam e tornam o prato principal um verdadeiro show da vida.

Ali está aquela que é um verdadeiro prodígio, outro sempre comunicativo e brincalhão, outro parece um bolo fora do ponto, solou, endureceu e murchou antes do tempo, no canto o gorducho tranquilo, aquela veio de longe, mas gosta de se misturar quando o prato principal é família. 

Família é um pouco tudo isso, não existe receita perfeita, junte todas as afinidades, antipatias que fazem parte da nossa vida, pare um pouco e pense, não tenha vergonha se uma lágrima cair no canto do olho.

Fique certo que família é um prato emocionante e a gente não resiste e chora mesmo, de alegria, raiva ou tristeza.

UM MUNDO DE ILUSÕES

O Caixa Preta parecia indignado com o que acontece hoje no Guará, a indignação aumentou quando ele viu uma publicação da Administração do Guará, fazendo um balanço de grandes obras feitas por aqui.
Que vai desde troca de torneira na sede da Administração, passando por pintura em teto de gabinete, até recolhimento de gravetos e sofá jogado no meio da rua.
Uma verdadeira afronta ao contribuinte que já começa a se cansar desses forasteiros que aparecem como se tivessem sido enviados pelos deuses.
Isso infelizmente retrata o Guará atualmente, uma cidade cheia de “gambiarras”, onde o improviso parece ser a tônica de quem é responsável pela cidade, tudo feito sem planejamento, basta dar uma olhada no plano urbanístico todo deixado de lado, apenas para atender aos anseios de aliados políticos e religiosos que tomou conta da Administração durante os últimos anos.

O CÉU É AQUI ?

Santinho do pau oco, foi assim que o Caixa Preta começou a nossa conversa enquanto pedia aos gritos a nossa cerveja, lá no fundo do Porcão o Galak fazia de conta que não estava ouvindo, só pra irritar o velho Caixa.
O assunto era a ficha corrida não muito limpa de um santo, que apareceu na cidade, dizendo ser indicado pelos deuses para tomar conta do paraíso, no caso o Guará.
Teve gente que disse, terem nascidos juntos, eram siameses mas foram separados ao nascer, mas continuavam tão ligados pois beberam o leite da loba Guará, apenas as mentiras os separavam. 
Rindo muito o velho Caixa ainda começou outro assunto, um pouco mais sério que merece a nossa reflexão.
Os atos de vandalismo ocorridos em Brasília provocados pelos imbecis insuflados por outros, onde invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e ainda o Palácio do Planalto, repercutiram em todo o mundo.
O mundo que já está se cansando dessas asneiras criminosas, onde o que se vê nas republiquetas a total inércia de governantes, como é o caso escandaloso do governo do Distrito Federal e um bando de borras botas da pior espécie, como sempre servindo a outros fins, esquecendo seus deveres constitucionais, virando as costas ao povo que são os seus verdadeiros patrões.

2023 - PROMESSAS

Apesar de já estarmos quase no final de Janeiro, o primeiro do novo ano, comecei a bolar um lembrete.
Resolvi escrever mais uma vez as promessas para serem seguidas e cumpridas no próximo ano, segundo o Caixa Preta eu não cumprirei.
Prometo solenemente que em 2023 cumprirei todos os objetivos que tinha prometido em 2016 a 2022, que por acaso já tinha prometido em 2015 e que foram minuciosamente planejados em 2014.

O DIAGNÓSTICO

O Caixa Preta resolveu me contar um dos seus casos cretinos, sempre jurando que é verdade, eu fico rindo da cara de pau do cabra.
Segundo ele, na casa de um famoso médico, trabalhava uma moça que ele fez questão de trazer do nordeste, pra ajudar, a bichinha até que era boa de serviço.
Mas um dia a patroa, pega a empregada arrumando as malas aos prantos, parecia inconsolável.
A empregada, chorando, pega sua mala e se despede da patroa, que lhe pergunta:
- Ué, onde você vai?
- Pra minha terra Dona Fro, pra morrer junto dos meus.
- Mas o que aconteceu, querida?

PLANOS

Vamos começar o ano, parece que promete, depois de jogar uma grana na Mega da Virada prá muita gente vai ser o Janeiro vermelho, pois a maioria já está endividado até 2024.
Aqui no Guará parece que as mudanças não vão ser muitas, nem tão pouco, boas como todos nós esperamos, muda o administrador, mas aquela sensação de dejavú bate forte, com isso a nossa paciência já começa ir pro espaço.
Aquela turminha que bate palmas até pra minuto de silêncio está numa animação danada, já apareceu até gaiato dizendo que mamou na loba Guará junto com o administrador quando eram crianças.
Acho que ainda estou sentindo o efeito da ressaca, resolvi procurar o Caixa Preta, quem sabe o meu humor muda pra melhor, fui direto ao Porcão.
Sentados lá no Porcão, o Caixa Preta, um grande gozador me falou: Fico imaginando a vida de quem já foi coxinha, odiava mortadela, sempre foi pamonha e hoje vive é escondidinho, falava o cabra enquanto ria muito.

FOI ASSIM

Chegamos enfim ao um novo ano, vamos torcer para que tudo dê certo ou do contrário estamos no pau da goiaba.
Confesso que o que mais me emocionou nesse final de ano, foi o show da posse do novo presidente, onde tudo de bom aconteceu, até as gafes passaram despercebidas.
Uma catadora de papel, um jovem com paralisia cerebral, um metalúrgico, um estudante negro de dez anos, um professor, uma cozinheira, um artesão e o Cacique Raoni subiram a rampa do Planalto com o presidente Lula e a Janja, além da cachorrinha Resistência, era o Brasil voltando a ser Brasil.
Atrás a multidão de certa forma ali representando o povo, cantava e aplaudia, era a esperança tão almejada chegando pra botar ordem na bagaça, depois de anos sem nada positivo, principalmente sem o som dos cascos, relinchos do Grande Mentecapto que fugiu, escondido com o rabo entre as pernas, fugiu como um idiota que sempre foi e alguns idolatram, pois são da mesma estirpe, covardes e idiotas na sua máxima demonstração em atos que pouco vão acrescentar na história desse país. 

REALIDADE

Depois do Natal e Ano Novo o Caixa Preta anda meio invocado, mas o nosso destino de sempre é o bom e velho Porcão onde nos aguarda os agrados de Galak, um verdadeiro paquiderme no trato com a freguesia, só de lembrar fico com os olhos cheios d'água e a boca com um gosto esquisito de sangue.
Sem querer comecei a me lembrar de uma audiência pública que aconteceu aqui no Guará a respeito das obras ou cagadas que fizeram lá na QI-23,um verdadeiro acinte aos moradores.
Já faz um ano, muito concorrida por sinal, mas com o ar de embromação de sempre que é pra não perder o costume, o povo adora ser feito de besta, segundo eles.
Debates acalorados, reuniões diversas, estudos de araque, nada disso resolveu e a coisa tá lá, muita falação, promessas, sempre mentirosas, achando que talvez na cidade só morem idiotas que aceitam tudo que eles inventam.
Esse inútil governador, quando é época de eleição sempre vem até a Feira do Guará pra se empanturrar com pastel e caldo cana, acompanhado de um bando de puxas sacos, compra até temperos nas bancas, pra ganhar votos dos incautos.