quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

TRIPUDIANDO

Parece que buscar a melhoria do DF e da população não faz parte dos planos, dessa turma encastelada no poder, tal qual semideuses, curtindo com a cara dos eleitores.
O DF passando por uma crise de lascar, falta dinheiro pra tudo, nada anda hoje aqui por essas bandas, tudo em passo de tartaruga com artrose, devagar e a muito tempo parada.


Depara-se com a cara de pau e desfaçatez dessa Câmara Legislativa do Distrito Federal -CLDF, que dessa vez parece que o ultrapassou o limite do bom senso, partindo para o escárnio escancarado com o pobre do contribuinte que já não aguenta levar tanto pau no lombo pra sustentar esse festival de gastos.
Recebe o contribuinte de presente esse tapa na cara através de mais um desvario de um de seus membros, sob o pretexto de ajudar a cobrir o rombo do tal Fundo de Assistência a Saúde dos Deputados Distritais e Servidores da Câmara Legislativa do Distrito Federal – FASCAL, apresentou um infame projeto de salvação, que parece não ter colado nesse primeiro momento, mas temos de ficar atentos, pois logo eles voltarão a carga com esse tal projeto. 



terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

APATIFAM-NOS

“Apatifar”, nos diz o Aurélio, significa tornar desprezível, aviltar, envilecer. Pessoas se apatifam, nações inteiras podem se apatifar, ou serem apatifadas. O mundo hoje vive uma assustadora onda de contágio viral que, espera-se, acabará controlada ou, eventualmente, desaparecerá. Já patifaria não mata, mas também contagia, com a diferença de que não tem nem perspectiva de cura.


É impossível observar o Brasil de hoje sem a sensação de estar assistindo a uma pantomima tragicômica, à decomposição de um Estado que, dissessem o que dissessem de governos anteriores – inclusive os lamentáveis -, mantinha, pelo menos, a linha, o que é mais do que se pode dizer da atuação de Bolsonaro & Filhos no palco do poder.
Agora se entende por que Bolsonaro insistia em dizer que não houve um golpe em 64 nem uma ditadura militar nos 20 anos seguintes: ele queria montar o seu próprio regime militar, enchendo o Planalto de generais de fatiota que deixam seus tanques no estacionamento e entram pela rampa principal, rindo da gente. Implícita nessa original tomada do poder está a ideia imorredoura de que só uma casta iluminada, os militares, sabe governar um país.
O apatifamento de uma nação começa pela degradação do discurso público e pela baixaria como linguagem corriqueira, adotadas nos mais altos níveis de uma sociedade embrutecida. 



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

É NÓIS !!!

Já não aguento andar pelo interior das quadras aqui no Guará, uma buracaiada danada parece que elas não existem para a Administração do Guará, tem-se a impressão que estamos sobre a superfície lunar ou um gigantesco queijo suíço tal a quantidade de buracos.


Tudo indica que o pessoal responsável pelo tal de Guará em Ação, lançado com um certo estardalhaço por aqui não se interessam muito por essa parte não visível das quadras, mas lembramos que muitos eleitores moram por ali, portanto é melhor abrir os olhos ou  se usar óculos seria bom trocar as lentes.
Nas redes sociais é uma verdadeira avalanche de reclamações diversas, que vai desde a escuridão reinante até o abandono das praças, que para toda a população são pontos de concentração popular e lazer, não abrigo de vagabundos, desocupados drogados como hoje se encontram, muitos deles passaram a morar nas mesmas, muitas vezes perturbando a paz de transeuntes ou frequentadores das praças.
Com isso a sujeira só aumenta e o risco de se pegar uma doença qualquer, esse descaso ainda pode custar caro pra cidade, como está não pode continuar.
Dá raiva ver tanto descaso nos logradouros diversos espalhados por todo o Guará mostrando que o bem - estar da população pouco importa, só se você for amigo do rei ou de seus amados súditos.




terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

MEU ESTACIONAMENTO,MINHA VIDA

Meu amigo Caixa Preta só vive aprontando, o cara não deixa nada passar batido pra tirar um sarro com a galera lá do Porcão, eu nem me espanto com as sacanagens que ele apronta.
Outro dia quando chegamos lá no Porcão estava lotado, até a nossa mesa preferida estava ocupada, talvez por não ter jogo do Flamengo na TV, a turma com esse calor vai direto tomar uma gelada.



O velho Caixa ficou impaciente, começou a tossir sem parar, todos ficaram olhando o cabra tossindo sem parar, era uma coisa estranha, mas o pior estava por vir, quando ele limpando o nariz na camisa olhou pra mim e disse : - Essa  minha viagem à China não foi nada boa.
Em poucos minutos tinha mesa sobrando, foi uma correria danada, o velho Caixa está rindo até agora, o Galak se não fosse contido pela galera tinha lhe enchido de porradas.
Depois de acalmar os ânimos, o velho Caixa tocou em um assunto que me chamou a atenção que hoje preocupa a toda população do Guará.
Com a população aumentando, crescimento desordenado que beira ao caos urbano, tudo graças a  reinante incompetência  de gestores e do governo, que nunca resolveu esse problema, falta de estacionamentos em algumas áreas, que se arrasta com mais um monte de problemas que hoje enfrenta o Guará, parece até que o Guará não faz parte do DF.
Mas vamos aos assuntos que nos interessam que é a volta dos mortos – vivos, os sem estacionamentos, principalmente de prédios que foram construídos na orla do Guará, a maioria nas coxas ao arrepio das normas e leis existentes, que foram devidamente ignorados simplesmente para atender a ganância de especuladores, grandes financiadores de campanha.





sábado, 15 de fevereiro de 2020

GOG - UM RAPPER DE RESPONSA

O “poeta do rap nacional”, como é conhecido, em seus mais de 30 anos de carreira sempre defendeu a produção independente no hip-hop. Inicialmente era B-boy, sempre politizado e militante incansável das “causas e das canções”. 


Primeiro cantor de rap nacional a abrir o próprio selo e, por ele, produziu e lançou ótimos trabalhos seus e de outros importantes grupos do Distrito Federal, entorno do DF e de outros estados brasileiros.
Para além do engajamento social, o compromisso com seu trabalho artístico e com os artistas que colocou no mercado, GOG tem um currículo extenso de estrada, com 12 discos lançados e diversos prêmios. 
Aos 54 anos, tem a mente mais oxigenada e futurista que a de muitos MC’s em início de carreira. Um dos resultados da maturidade do ritmo e da poesia de Genival Oliveira Gonçalves é o DVD “Cartão Postal Bomba!”, gravado pela banda MPB - Black, com participações especiais do rap, além de artistas consagrados da Música Popular Brasileira, como Paulo Diniz, Lenine, Maria Rita, Ellen Oléria e Gerson King Combo.
Em 2010, mostrou mais resultados de sucesso, como o lançamento do livro “A Rima Denuncia”, em que conta, além da sua história de artista e militante, importantes marcos da cultura hip-hop e algumas composições ainda inéditas. Em 2015, lançou “GOG – Genival Oliveira Gonçalves”, com participações de Zeca Baleiro, Fernando Anitelli, Dhy Ribeiro e Hamilton de Holanda. 



quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

ZONA !

O Caixa Preta era a indignação em pessoa quando o encontrei lá no Porcão, bebendo aquela cerveja, sentado na nossa mesa preferida, gritando coisas desconexas com o Galak, reclamava de alguma coisa que não entendi muito bem, enfim, não precisam motivos para reclamar do paquiderme.


Segundo o velho Caixa, o Guará agora passa de cidade-satélite para a categoria de zona generalizada, graças à incapacidade administrativa do governo com a coisa pública, deixando que as administrações interpretem, de acordo com o entendimento de cada uma, a aplicação de leis sobre o uso dos espaços públicos, transformando de vez o Guará em um inferno aqui na terra para o comércio regular.
Parece que esse descaso agora vai ser geral, vamos criar agora a zona de livre comércio nas calçadas e áreas públicas do Guará, ou seja, uma zona, mas agora legalizada, onde mais uma vez quem pagará o pato é o contribuinte e comerciantes legalmente estabelecidos, que pagam impostos caros e geram empregos.
Sabemos muito bem como essas liberalidades terminam, não é com esse tipo de benesses as avessas que se fomenta emprego e renda.



terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

TANAKA - O GRANDE CAMPEÃO

Pessoas passam pela nossa vida, outras marcam de tal forma que é quase impossível não lembrar da figura, falo de um grande campeão, não de dominó, mas de alguém que ficará na lembrança de todos e isso talvez tenha lhe dado o título de campeão, sem jamais ter ganho um campeonato de dominó.


O barulho das pedras de dominó que tanto o atraia, era agora uma vaga lembrança de um passado não tão longínquo, sozinho talvez rememorasse aqueles momentos marcantes dos torneios de dominó, onde com aquele sorriso mais que tranquilo, sofria uma mudança radical.
E como um samurai acostumado a tantas batalhas, enfrentava sempre com a cabeça erguida os temíveis adversários de tabuleiro, onde um pouco de sorte e uma astúcia de criança, mas sem a malícia dos grandes campeões dava um trabalho danado vencê-lo, não se entregava, com o sorriso enigmático sempre estampado na face serena mostrava que não era um adversário qualquer.
Isso sem contar com a grande admiração que todo o grupo tinha por aquela figura, sempre sorridente, ganhando ou perdendo, não desanimava.



TRAUMAS DE INFÂNCIA

Nunca fui chegado em ir a cemitério acompanhar o enterro de algum conhecido ou parente, sempre fui meio traumatizado com esses rituais.
Cheguei a conclusão que o cabra que me traumatizou foi meu pai, que tinha mania de obrigar os filhos a irem a enterros e velórios, além da missa todos os domingos de manhã, chovesse ou fizesse sol.


A lembrança mais traumática que tenho até hoje, foi quando eu tinha 12 anos e meu pai me obrigou a ir a um velório de um amigo dele que eu não conhecia, nem sabia quem era.
Quase anoitecendo chegamos a casa do defunto, naquele tempo velório era em casa mesmo, lá rolava desde dominó até carteado, regado a cachaça e café.
Enquanto as mulheres rezavam, com o terço puxado pelas beatas da região, fiquei num canto esperando a hora de cair fora dali.
Do nada apareceu um homem ao meu lado, pôs a mão na minha cabeça e falou calmamente: - Seja feliz e aproveite a vida, pois eu não consegui aproveitar!
Meu pai querendo me fazer perder o medo, antes de ir embora me obrigou a chegar junto do caixão pra me despedir do defunto.
Foi quando levei o maior susto ao olhar o defunto, juro que me deparei com o homem que tinha conversado comigo.