Eu e o Caixa Preta já estávamos no Porcão, o quiosque onde a sujeira é um chamariz para os frequentadores, mas apesar daquela sujeira quase divina, temos a cerveja mais gelada da região.
Sentados a nossa mesa favorita, onde até as moscas já nos conhecem, ficamos observando a Al-Qaeda fritando o tira gosto naquela gordura que nunca foi trocada, o Galak estava com aquela cara de muçulmano castigado por Alá.
Estava querendo espairecer , o calor tirava toda minha concentração, o velho Caixa parecia possuído por algum espírito maligno, gesticulava muito, meio assustado ouvi todas as reclamações sobre a cidade que ele tinha naquele momento.
O cabra estava coberto de razão, mas uma me chamou a atenção, é o que tira o sono meu e de muito morador do Guará, são os famigerados puxadinhos, liderado pelas famosas invasões de calçada, que na verdade representam o que há de mais danoso para a nossa mobilidade.