NOSSOS PROBLEMAS

Encontrei com o Caixa Preta lá no Porcão, discutia com o Galak, pela quantidade de palavrões pude sentir o respeito entre ideias divergentes de duas figuras tão finas e educadas, fiquei com os olhos cheios de lágrimas parecia que eu tinha entrado na Capela Sistina, onde o Papa conversava com alguns cardeais sobre os problemas no mundo.
Muita coisa estranha acontecendo, como é o caso do aumento de puxadinhos safados em comércios da cidade, sem que providências sejam tomadas para coibir tanto abuso.
Sentados com a nossa cerveja na mesa, o velho Caixa resolveu abrir o verbo e começou a relacionar o que o estava incomodando. 
Dizia ele que quase todas as praças do Guará estão completamente abandonadas, a grande verdade é que muitas delas foram apenas maquiadas. 
A sujeira, bancos quebrados, pisos estragados, quadras de esportes totalmente destruídas, a falta de iluminação nas quadras internas, praças pedem socorro. 

Essas praças deveriam ser o ponto de encontro da comunidade, mas hoje, em sua maioria, são frequentadas por desocupados que passam o dia bebendo, incomodando senhoras e moças que por ali passam, sem contar com moradores de rua, que muitas vezes usam o alambrado das quadras de esportes para fazer exposição de roupas íntimas ao sol, um quadro lindo de se ver, pura arte moderna.
Não adianta só pintar meios-fios e varrer ruas, muita coisa ainda falta ser feita para que tenhamos pelo menos a sensação de que algo realmente mudou, pois da forma que está, parece que voltamos ao mesmo blá, blá, blá de sempre e não se avança em nada.
Pobre Guará!