segunda-feira, 30 de outubro de 2023

ACESSIBILIDADE POUCA É BOBAGEM




Eu e o Caixa Preta já estávamos no Porcão, o quiosque onde a sujeira é um chamariz para os frequentadores, mas apesar daquela sujeira quase divina, temos a cerveja mais gelada da região.
Sentados a nossa mesa favorita, onde até as moscas já nos conhecem, ficamos observando a Al-Qaeda fritando o tira gosto naquela gordura que nunca foi trocada, o Galak estava com aquela cara de muçulmano castigado por Alá. 
Estava querendo espairecer , o calor tirava toda minha concentração, o velho Caixa parecia possuído por algum espírito maligno, gesticulava muito, meio assustado ouvi todas as reclamações sobre a cidade que ele tinha naquele momento.
O cabra estava coberto de razão, mas uma me chamou a atenção, é o que tira o sono meu e de muito morador do Guará, são os famigerados puxadinhos, liderado pelas famosas invasões de calçada, que na verdade representam o que há de mais danoso para a nossa mobilidade.



Ocupam as calçadas, passeios, adentram áreas públicas tirando dos transeuntes o direito de ir e vir infringindo todos os códigos, leis de mobilidade e acessibilidade, que parecem valer só no papel.
Mobilidade e acessibilidade aqui no Guará são apenas palavras de dicionário, acabaram com as calçadas, pobre de quem precisar utilizá-las principalmente se for cadeirante e tiver algum tipo de deficiência física, os idosos coitados nem falo.
Mas enquanto isso a preocupação maior é fazer calçadas em trilhas feitas por gente preguiçosa que gosta de atalhos, em gramados da cidade, a festa é grande.
São botecos que ocupam tudo na maior cara de pau, quem quiser que passe noutro lugar, parece que lugar de pedestre por aqui é no meio da rua.
Quem não gostar que vá reclamar na ONU!

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