quinta-feira, 25 de junho de 2020

RASTA PÉ

Hoje meu amigo Caixa Preta me ligou, um frio de lascar eu queria mais era ficar embaixo das cobertas assistindo algum filme ou live na Tv.
O cabra me lembrou que estamos no mês das festas juninas, mas até agora não ouviu o ronco da sanfona tocando aquelas conhecidas músicas de São João. 


Lembro muito bem quando saia de casa todo agasalhado pra curtir uma animada festa junina ali pros lados do Ed. Consei, onde, naquele estacionamento, uma animada quadrilhada dançava ao som de algumas bandas de forró que vinham abrilhantar a festa.
Muitas barraquinhas vendendo quentão, churrasquinho, milho assado ou alguma outra deliciosa comida típica de São João, juntando tudo isso uma animação pra ninguém botar defeito, onde velhos, crianças e jovens se divertiam, dava gosto ver.
Vinha gente de todo o DF curtir o São João aqui no Guará, pois sabiam que a diversão estava garantida e era uma grande oportunidade de encontrar velhos amigos. 
Até eu que não sei dançar arriscava uns passos tímidos ao som do velho Gonzagão que dizia: “A fogueira tá queimando, em homenagem a São João. O forró já começou, vamos gente, rasta pé neste salão”... 
Com todo o calor da festa, a idade nos torna mais vulneráveis e o frio atacava sem dó nem piedade, apesar da vontade de ficar, tinha que ir.
Me deu uma saudade danada, sem querer amaldiçoei a tal pandemia que nos priva de uma festa tão boa e salutar.



terça-feira, 23 de junho de 2020

BATENDO PERNAS

O Caixa Preta disse pra mim que, agora durante a pandemia, está doido pra bater perna pelo Guará, mas morre de medo de bater as botas, então permanece no seu retiro, lendo, assistindo alguns filmes interessantes ou jogando Candy Crush Saga, um joguinho meio bobo, mas distrai pra caramba.


O velho Caixa tem visto as manifestações sobre a tal Parceria Público Privada – PPP, mas com toda certeza, pela catinga, que o que restará para a população do Guará é somente a privada, pois agora os alquimistas do GDF e os amigos desinteressados, resolveram transformá-la numa vergonhosa concessão, onde alguém vai levar uma linda pernada, com certeza mais uma vez o pobre contribuinte.
A população do Guará sente-se desamparada sempre à mercê dessa turma que todo dia tenta enfiar essa coisa vergonhosa goela abaixo da população, que já não aguenta ver o crescimento desordenado imposto por visões distorcidas de quem apenas leu em algum tabloide ou blog essas ideias de jerico que correm por aí para tentar pôr em prática, julgando-se com certeza a bala que matou John Lennon, totalmente fora da nossa realidade.
Enquanto o GDF, MP e a própria CLDF fazem cara de paisagem, como se nada de ruim estivesse acontecendo, permanecendo alheios as reais necessidade de nossa cidade.
Em vez dessa aberração que querem nos impor, poderiam direcionar melhor, atender as muitas reivindicações dos moradores que esperam por alguma melhoria de fato. 



sábado, 20 de junho de 2020

UM SHOW !

Ontem no bloco onde moro, um recital da banda do Corpo de Bombeiros-DF.Um verdadeiro show,agradando a todos com um repertório de primeira. 





sexta-feira, 19 de junho de 2020

POETAS NA PANDEMIA II

VOO LIVRE

Não, não quero ter asas!

Se as tivesse, voando,

Sonharia, lá do alto,

Como seria bom ir caminhando.




quinta-feira, 18 de junho de 2020

A PERNADA

Estava eu assistindo mais um capítulo da série The Good Doctor, que conta a saga de um médico autista em um grande hospital americano, quando de repente o telefone tocou, não preciso nem dizer que era o meu grande amigo Caixa Preta.


Como quase todos os assuntos giram em torno da crise provocada por essa maldita pandemia, que está deixando o mundo de cabeça pra baixo, mas o que de uma forma ou outra termina nos atingindo, talvez muito pior que o Coronavírus ou outra praga qualquer, são os aproveitadores de plantão.
Esse era o assunto que o velho Caixa queria falar, parecia que estava adivinhando o meu pensamento, apesar de ser meio chato e parecer repetitivo, pois o tema é polêmico e eu detesto polêmicas.
A bola da vez era novamente o kartódromo que estranhamente aproveitando a crise gerada pela pandemia, foi lacrado sem mais nem menos, não respeitando os atuais ocupantes.
É uma área pública, isso nós temos certeza, mas tem uma dívida pendurada na administração desde os anos 90,que nunca foi sequer questionada na justiça ou teve ordem de desocupação emitida por quem deveria zelar pelo bem público, mas agora na tal Participação Público Privada – PPP oportunamente transformada em Concessão Pública para premiar os amigos, aparece, acarretando mais um prejuízo entre tantos ao Guará e consequentemente aos contribuintes.



terça-feira, 16 de junho de 2020

DIVINAS INVASÕES

Nesses tempos de pandemia tenho mantido um isolamento sério, pouco tenho saído pra dar a minha costumeira volta no Guará. Numa dessas fui surpreendido com o crescimento meio desproporcional de um templo evangélico, parece que a quarentena está fazendo muito bem ao local pois não para de crescer.


Numa área bem localizada ao lado do antigo Icesp, quem passa por lá vê o mostrengo montado na calçada, que agora passa a fazer parte da paisagem de abandono por qual passa o Guará, onde todo dia surge alguma novidade.
Para provar o que falo, passei novamente por lá e tirei algumas fotos do local que está sendo atacado por um crescimento estranho, quem sabe até milagroso.
Parece que alguns andam falando que essa pandemia é um sinal do Armagedon para reconstrução, parece que o pessoal entendeu de construção e danaram o pau a invadir área pública já que fiscalização dessas aberrações não existe por essas bandas, aí o pessoal faz a festa.
Na maior cara de pau construíram na calçada, fora dos muros do templo, uma lojinha de artigos da congregação junto também um pequeno boteco para venda de alimentos aos fiéis e infiéis que ocupam o estacionamento com os caminhões de mudanças.



segunda-feira, 15 de junho de 2020

ÁGUA...NEM DE CHUVA

O Caixa Preta sem ter muito o que fazer durante a quarentena, adotou o regime de Home Beer,  mas pra não perder o costume, de vez em quando resolve dar uma escapada atrás das novidades que não deixam de acontecer no Guará, principalmente aquela turma que adora um malfeito. Com a cidade meio paradona, os cabras estão aprontando, como dizem por ai, do jeito que o diabo gosta, sem ninguém pra incomodar. 


Resolveu então dar uma volta lá na praça da QE-30, e constatou que é uma das praças que está merecendo atenção pois parece que está abandonada, sujeira pra todo lado.
Na rápida passagem do Caixa Preta pela praça ele já viu que nada ou quase nada mudou, o abandono é visível, uma pena.
Isso já se nota a muito tempo. O desleixo e abandono presentes nas diversas praças do Guará fazem com que a população evite frequentá-las, pois a sujeira espanta as pessoas de bom senso e isso não é nada bom.
Embaixo da velha jaqueira da quadra, em assembleia permanente estava reunida a Escola de Samba Unidos do Alambique e Derivados - ESUAD, os assuntos são variados e engraçados. Vai desde o preço do Corote até a inflação que atinge os destilados e afins, inclusive o metanol que poderia ser uma das alternativas para a alta exagerada de preços da manguaça nossa de cada dia. O clima estava tenso, as discussões estavam acaloradas e nada de consenso pois o álcool já dominava corações e mentes.



quarta-feira, 10 de junho de 2020

NOSTÁLGICO

Com esse longo e necessário confinamento ou isolamento social como queiram, uma coisa estranha de repente passou a acontecer comigo. Sem querer comecei a ficar com saudades de algumas coisas, me bateu uma saudade maluca do Porcão, dos coices carinhosos do Galak, da gororoba da Al-Qaeda e do meu amigo Caixa Preta com seus casos malucos que muito me faziam rir.


Já fazem três longos meses sem Rua do Lazer, o tempo parece passar mais devagar do que de costume, nem as bobagens de grupos de What’sApp me interessam tanto, tomara que isso passe logo para tentar voltar ao normal.
Me lembrei até da época de eleições aqui no Guará, onde não se dá um passo sem esbarrar em algum candidato querendo lhe abraçar, distribuir santinhos e pronto para tirar uma foto para demostrar o falso amor que tem pelo eleitor.
Nessa época também é comum andar na Feira do Guará e depara-se com o candidato e a grande e fiel manada atrás, querendo garantir a boquinha, o cabra não pode nem ir ao banheiro que a turma vai atrás, parece trio elétrico na Bahia. Comem buchada, sarapatel, pastéis, tomam cafezinho, almoçam por ali mesmo com toda a manada de cabos eleitorais e de puxas sacos de plantão.



sexta-feira, 5 de junho de 2020

POETAS NA PANDEMIA

(UNI)VERSO (EN)FIM


Um dia acordaremos e não haverá mais a manhã.

Não esperem recados, avisos de anjos, deuses ou demônios,

Não esperem um trem; não, não há estação para o além.



quinta-feira, 4 de junho de 2020

SOCORRO!!!

Confinado mas não alienado, como disse o Caixa Preta quando nos falamos pelo telefone devido a quarentena provocada por essa maldita pandemia, até pra tomar uma gelada está difícil inclusive o velho Caixa está com muita saudade do Porcão.
Mas vamos ao que interessa que são as mazelas que parecem só atacar o Guará, principalmente a nossa Administração que entra ano e sai ano continua cada vez mais complicada.


A bola da vez é a arrecadação, que sempre foi um dos pontos mais falhos de todos que até agora ocuparam aquela cadeira, que parece servir apenas uma pequena parcela dos contribuintes que são os indefectíveis chegados e a cada dia o buraco nas arrecadações só faz crescer de forma vergonhosa.
Inconcebível que continue como está, sem um levantamento sério feito pelo GDF e os órgãos de fiscalização pois quando se trata do pobre contribuinte, nos vigiam como verdadeiros cães de guarda atrás de dar uma mordida no nosso minguado salário.
O Guará ha muito passa por verdadeiros descalabros sempre com a conivência criminosa dessa turma, que gosta muito do cargo para aumentar o status, mas cuidar da coisa pública é outra coisa, sempre seguindo as ordens de padrinhos políticos, mesmo que sejam as mais esdrúxulas, sempre penalizando a população desde que não percam a tão amada boquinha.
A conta é dolorosa, cerca de 11 milhões são deixados de arrecadar todos os anos aos cofres públicos, uma cifra que não é de se jogar fora. Parte dessa arrecadação poderia ser utilizado em melhorias da cidade.