Estava
dando uma olhada nessa manifestação indígena lá na Esplanada e
fiquei surpreso com a quantidade de índios com camisetas dos seus
times favoritos, Barcelona, Bayern, Flamengo, Real, Gama,
Brasiliense, um verdadeiro festival de times. Todos devidamente
vestidos com calções Adidas ou Nike, que era a marca de muitos
tênis, isso sem contar com as da seleção.
O
que mais chamava atenção era a miscigenação, tinha índio de
todas as raças, brancos, loiros, japoneses(ou seriam coreanos?),
alguns com os cabelos encaracolados, uma mistura de encher de inveja
a Noé.
Aqueles
arcos e flechas faziam parte da comédia grotesca, dava gosto ver
aquelas cenas no final da tarde, a Esplanada transformada em uma
planície do Oeste americano, os soldados da cavalaria do General
Custer baixaram a borduna, logo a esplanada estava pacificada.
Agora
só restava aos índios enterrarem os corpos na curva do rio, para
isso jogaram caixões no espelho d’água do Congresso, voltaram
para a tribo montada ali por perto, onde passaram a noite dançando
em volta das fogueiras e tocando os tambores, mas tudo isso depois de
irem até o Mcdonalds do Conjunto Nacional, Lojas Americanas e
assistir Tela Quente ou o Programa do Ratinho nas televisões de
alguma loja de eletrodomésticos.
Não
podemos esquecer que esses bravos foram os primeiros brasileiros a se
ajoelhar com a chegada dos invasores portugueses, tendo então
passado essa coragem indômita para todos os descendentes, vivemos
desde então de joelhos diante de toda essa lama que tomou conta
desse país.
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