terça-feira, 25 de abril de 2017

LOBO BOBO ?

O Guará está envelhecendo mas, por incrível que pareça, continua crescendo. Apesar desse crescimento ser meio desordenado e fora de hora, falta ao velho Lobo aquela vitalidade de algum tempo atrás. Afinal, são 48 anos de muitos maus tratos, descasos e de abandono, onde quem devia proteger e cuidar apenas aproveita desse envelhecido povoado, onde a infraestrutura fica a desejar, pois já não é um garotão para ficar largadão como se encontra hoje.


Encontrei um revoltado Caixa Preta, que, junto com o velho Lobo, viveram bons tempos por aqui. Apesar de quase entrando na terceira idade tem que ser respeitado, mesmo sem o viço da mocidade, hoje com seus 48 anos, bem cuidado poderá dar a volta por cima pra esperar o cinquentenário que se aproxima.
Desfiando uma série interminável de impropérios, vi que o cabra estava raivoso. Confesso que fiquei meio temeroso, pois se falta vacina contra gripe, imagina a antirrábica. Apenas escutava o que ele falava, concordando com o balanço da cabeça, não queria deixá-lo mais nervoso.
O Guará com um monte de problemas de ordem urbanística e o povo aceitando pintura e troca de meios-fios, limpeza de praças(algumas), poda de árvores, tapar buracos no asfalto, como se fossem benfeitorias sendo implantadas, muitos agradecendo como se fossem presentes do céu.
Nesse cenário surreal, pois pra mim isso tudo é manutenção obrigatória e não um brinde ou pacote de bondades como querem fazer crer.
Sem perder tempo o pessoal do ôba, ôba dizem que tudo está caindo do céu, sempre elogiando, pois para essa turma tudo é festa.
Tem gaiato que beirando os setenta, juram que nasceram por aqui, como nenhum é descendente de índios fica difícil acreditar em tal mentira que os caras de pau teimam em afirmar.
As declarações de amor são intensas, algumas parecem até verdadeiras, outras estão claramente embutidas de cunho apenas político, quem sabe para uma futura eleição ou candidaturas que nunca dão em nada, apenas dívidas.
Dá dó!

Nenhum comentário:

Postar um comentário