O
Guará está envelhecendo mas, por incrível que pareça, continua
crescendo. Apesar desse crescimento ser meio desordenado e fora de
hora, falta ao velho Lobo aquela vitalidade de algum tempo atrás.
Afinal, são 48 anos de muitos maus tratos, descasos e de abandono,
onde quem devia proteger e cuidar apenas aproveita desse envelhecido
povoado, onde a infraestrutura fica a desejar, pois já não é um
garotão para ficar largadão como se encontra hoje.
Desfiando
uma série interminável de impropérios, vi que o cabra estava
raivoso. Confesso que fiquei meio temeroso, pois se falta vacina
contra gripe, imagina a antirrábica. Apenas escutava o que ele
falava, concordando com o balanço da cabeça, não queria deixá-lo
mais nervoso.
O
Guará com um monte de problemas de ordem urbanística e o povo
aceitando pintura e troca de meios-fios, limpeza de praças(algumas),
poda de árvores, tapar buracos no asfalto, como se fossem
benfeitorias sendo implantadas, muitos agradecendo como se fossem
presentes do céu.
Nesse
cenário surreal, pois pra mim isso tudo é manutenção obrigatória
e não um brinde ou pacote de bondades como querem fazer crer.
Sem
perder tempo o pessoal do ôba, ôba dizem que tudo está caindo do
céu, sempre elogiando, pois para essa turma tudo é festa.
Tem
gaiato que beirando os setenta, juram que nasceram por aqui, como
nenhum é descendente de índios fica difícil acreditar em tal
mentira que os caras de pau teimam em afirmar.
As
declarações de amor são intensas, algumas parecem até
verdadeiras, outras estão claramente embutidas de cunho apenas
político, quem sabe para uma futura eleição ou candidaturas que
nunca dão em nada, apenas dívidas.
Dá
dó!
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