terça-feira, 4 de janeiro de 2022

PESQUISANDO E ANDANDO




Encontrei o velho Caixa na Feira do Guará, resolvemos dar uma circulada pela Feira do Guará para observar a movimentação, pensei até que ele ia pagar uma gelada.
Mas logo vi que daqueles bolsos não sairiam nem pastel, mas como era hora do almoço, eu estava meio faminto, resolvi convidar o amigo quebrado para almoçar.
O Caixa me falou que na região devido a crise tem gente matando tubarão a soco, durante essa maldita pandemia, o que mais doía era a solidão das pessoas, a maioria sentindo falta de um abraço amigo, um bom bate papo tomando uma bem gelada, ele falava que a coisa está tão feia que ele jura ter visto gente apertando o botão do porteiro eletrônico só pra bater um papo com alguém.
Papo vai, papo vem, senti que o velho amigo queria apenas curtir o momento sem ter que esquentar a cabeça com nada, foi quando ele trouxe a tona aquela pesquisa que dizem ter feito sobre o Guará, onde Dubai ficou em segundo lugar. Mas a verdade é dolorida : Tem muita gente se agarrando em poste para não cair na escala social , sequestrando elevador para subir na vida , a coisa está pra lá de feia e a tendência é piorar.



A essa altura da conversa, o ronco do meu estômago já me incomodava, estava já ficando com tontura de tanta fome.
Sentados em um restaurante da Feira do Guará, o velho Caixa resolveu abrir o verbo, estava muito irritado com o que acontece hoje no Guará, está uma zona pra ninguém botar defeito, os nervos do cabra estão à flor da pele, não está dando mais para aguentar tanta esculhambação na cidade, a paciência do velho Caixa vai pro espaço.
Onde quase todas as praças do Guará estão completamente abandonadas, o que vemos apesar de algumas maquiagens é um abandono criminoso.
O Guará precisa se reciclar, antes que acabe na mão dessa turma.

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