INSIGNE FICANTE
Não sou passarinho preso que canta
E aparenta alegria na dor que sente
Antes, sou bicho que desencanta
No mundo que estou, não insigne, ficante
Quisera ter no universo meu encanto,
Sentir-me aqui e agora por inteiro,
Assaltam-me sentimentos de espanto
Como um abraço da morte, traiçoeiro.
Minha liberdade é a incerteza,
O livre pensar, ou não, se me der prazer,
Voar sem asas, nadar contra a correnteza,
Rolar morro acima, morrer de viver.
E quando a onda, covarde me derrubar,
Se ainda respiro, luto contra a maré,
E a felicidade, se quiser me achar,
Que venha ligeiro me abraçar de pé!
Autor: Fernando Gurgel Filho
Muito bela!
ResponderExcluirMuito bom...
ResponderExcluirCongratulations !!!
amicel@uol.com.br