Encontrei com o Caixa Preta lá no Porcão, sentados na nossa mesa favorita, tomando a nossa cerva pra lá de gelada, fiquei esperando ele soltar algum caso, pois o cara estava muito pensativo.
Ele começou a contar que depois de muita insistência da mulher, resolveu se matricular num curso de meditação oriental, coisa que ele achava meio fora de lógica, principalmente por ter que vestir uma malha preta, que é coisa de baitola (o Caixa é nordestino raiz), mas pra ficar bem na fita com a mulher resolveu encarar.
Acontece que o curso era dado por um chinês falsificado ali de Anápolis, cheio de trejeitos, um cabra muito estranho que logo de cara ele mandou todos sentarem em círculo na posição de lótus. Claro que o velho Caixa não conseguiu, pois estava fora de forma e só podia sentar na posição de arbusto caído.
Depois ficaram de olhos fechados fazendo com a boca aquele som esquisito “ aaaoooommm” até se sentirem integrados ao nirvana, depois com a ponta dos dedos suavemente tinham que tocar o rosto da pessoa ao lado, para se integrarem na corrente que vem do Oriente.
Sentiu uma sensação meio estranha, que depois descobriu que era câimbra, mas fazendo “aaaoooommm” conseguiu se arrastar até onde estava uma loura pra lá de gostosa para tocar seu rosto, acabou se desequilibrando e agarrando os seios dela, só soltando depois que o falsificado china anapolino quase arranca as suas orelhas.
Levantou-se rapidamente, saiu quase correndo, jurou que nunca mais vai meditar, principalmente de malha preta, que segundo ele não é coisa de homem.
Daqui por diante só quer saber do oriente, se for em filme de Kung Fu que ele adora, pois a experiência com meditação o deixou traumatizado.
Estou rindo até agora.
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