MÁGICAS

Lá no Porcão eu escutava o Caixa Preta falar as novidades que pintaram por aqui, pois apesar de ser pintada como uma cópia de Dubai, muita coisa continua tirando o sossego da nossa cidade, a população está insatisfeita com o abandono proposital em que se encontra atualmente.
Mudaram de Administrador, eleições que se aproximam, apenas acomodação política que em nada vai mudar, o substituto já chegou, cheio de delírios parece que é o inventor da roda, mas não se preocupem nada mudará depois de três anos e meio no marasmo.
Isso mostra a total falta de compromisso dessa turma, pois agora a maior preocupação é a manutenção da boquinha, a população que se lasque.
A claque contratada ou puxas sacos de plantão, estão em polvorosa,é um festival de mentiras que não tem cristão que aguente, basta dar uma olhada nos grupos de What’sApp, mais uma vez os interesses dos contribuintes serão devidamente deixados de lado.
Alguns chegam a dizer que agora a coisa vai, o amor está no ar segundo o próprio administrador, pois o cidadão tem bons projetos que só ele sabe, não citou nenhum.

AMOR OU LOUCURA ?

Passa o tempo, o pobre lobo, apresenta os sinais de desgastes naturais do tempo mas continua cada vez mais amado.
As vezes ficamos meio invocados com os rumos que as coisas costumam tomar por aqui, mesmo com grandes dificuldades o velho lobo continua de cabeça erguida.
Ao andar no Calçadão da Vergonha, inacabado e esburacado, todos os dias para manter a forma que está indo para o brejo, aproveita-se para admirar o mulherio que faz caminhadas, além de esbarrar de vez em quando em alguns conhecidos ou não tão conhecidos, marca registrada desse lugar.
Uma cidade com ares de interior mas com espírito de grande metrópole, o guaraense é bairrista igual ao paulistano, pois narciso acha feio o que não é espelho segundo Caetano Veloso.
Final de semana o destino é a feira do Guará , um shopping para muitos, os produtos vendidos no local são variados, que vai de roupas aos temperos, ou quem sabe comer um pastel com caldo de cana, raizadas, alguma coisa diferente que sempre terminam na comida típica, ou não, dos muitos restaurantes por ali espalhados.
Vem gente de todas as regiões, recebe inclusive turistas que costumam frequentá-la nos finais de semana.

SEMPRE AO SEU LADO

SINOPSE

Parker Wilson (Richard Gere) é um professor universitário que, ao retornar do trabalho, encontra na estação de trem um filhote de cachorro da raça akita, conhecido por sua lealdade. Sem ter como deixá-lo na estação, Parker o leva para casa mesmo sabendo que Cate (Joan Allen), sua esposa, é contra a presença de um cachorro. Aos poucos Parker se afeiçoa ao filhote, que tem o nome Hachi escrito na coleira, em japonês. 

SELFIES

Cheguei mais cedo lá no Porcão, enquanto o Caixa Preta não aparecia passei a observar as pessoas em volta, sentadas em suas mesas.
Estranhamente pude sentir que nenhuma conversa rolava, todos com os olhos grudados no celular, esquecidos que a vida toda estava à sua volta, pareciam robôs hipnotizados.
A catinga de gordura vinha da cozinha, senti um pouco de falta de ar, aquela fumaça me tirava do sério, o Galak já tinha esbarrado na mesa umas três vezes, mas não conseguiu me tirar da letargia que me acometia.
Ainda estou pensando, que morte sem sentido essa do campeão mundial de jiu-jtsu,um idiota armado o matou, o mundo já não está tão tranquilo.
O gordo morreu, triste, mas um bocado de gente desnutrida também morreu, o mundo não ficou mais triste, o mundo atualmente está muito triste, o país continua em marcha lenta, quase parando.
Do nada surge o velho Caixa, muito risonho pronto para contar o que rola no nosso quadrado, cheio de novidades e principalmente as idiotices dos grupos de what’sApp, difícil de acreditar.
O cabra me contou que no último sábado deu a costumeira volta pela feira, nenhum candidato estava por lá, mas ainda encontrou com muita gente, onde teve oportunidade de captar o clima eleitoral.

INTOCÁVEIS

SINOPSE

Não recomendado para menores de 14 anos

Em, Intocáveis, Philippe (François Cluzet) é um aristocrata rico que, após sofrer um grave acidente, fica tetraplégico. Precisando de um assistente, ele decide contratar Driss (Omar Sy), um jovem problemático que não tem a menor experiência em cuidar de pessoas no seu estado. Aos poucos, Driss aprende a função, apesar das diversas gafes que comete. 

O NOSSO DIA

Conversar com o meu amigo Caixa Preta sempre me diverte, pois o cabra é um gozador nato e nada passa batido, ele tira sarro de tudo sem dó nem piedade. 
Lá na nossa mesa, no velho e amado Porcão, berço dos duros, lisos, endividados a conversa girava em torno de datas festivas, pois no próximo domingo é Dia dos Pais, o cabra aproveitava pra falar sobre a tal data.
O velho Caixa, para não passar batido, resolveu falar sobre o tal dia, parecia sinceramente indignado com o tratamento recebido pelos pais no seu dia, ele como pai, aproveitou para desabafar, fazendo algumas considerações que até concordei.
Nós os pais estamos de saco cheio de receber camisetas fajutas com aquelas inscrições cretinas bolada pelo pessoal do marketing, tipo: Papai Eu Te Amo, Papai Meu Herói e mais um monte de frases que não consigo lembrar agora, uma babação de lascar
Isso sem contar com as canecas estilizadas cheias de dizeres e juras de amor, com um monte de elogios que as vezes nem merecemos, fotos etc, etc.

AGOSTO

Chegamos a Agosto, dizem que é o mês do cachorro louco, muita gente não gosta muito desse mês, dizem que as coisas ruins acontecem.
Como sempre fui até o Porcão, encontrei o Caixa Preta que já me esperava ansioso para botar os assuntos em dia, sem querer fiquei observando se o cabra não estava babando.
Mas o meu amigo, estava tranquilo, me falou que no Brasil é Agosto o ano inteiro, encontraram uma família encarcerada a 17 longos anos dentro de casa lá pros lados do Rio de Janeiro, aqui os políticos deitam e rolam na maior cara de pau.
O que se vê é muito puxa saco querendo trazer o lixo político para ocuparem importantes cargos, dê uma olhada nessa corja que quer voltar, as convenções fazem inveja a muita reunião do PCC, o Caixa está uma arara com esse cenário macabro.
Segundo ele, quando você tem uma empresa e algum empregado faz merda, você o demite imediatamente, pois o elo de confiança deixou de existir, mas em se tratando de políticos você o reelege, tem alguma coisa errada com os eleitores. 

A CAÇA

Mais uma semana, o frio começa a diminuir, com isso fico mais disposto a dar uma volta pela cidade, meus passos me guiam direto ao Porcão, onde sentados numa das mesas costumamos fazer um balanço da semana, já nos preparando para a semana que está começando.
O Caixa Preta estava meio agitado, senti que ele tem muitas novidades, pois o cabra está quase sem fôlego quando começa a falar das coisas que ele vê por aí, me deu uma vontade de sair correndo.
Agora parece que vai começar o nosso calvário, nem na feira está dando pra circular sem esbarrar  nessa turma, com o sorriso mais falso que nota de três reais, distribuindo na maior cara de pau, abraços e afagos, fica de difícil aguentar.
Está aberta oficialmente a temporada de caça aos trouxas, ops ,aos eleitores, por mais que tentemos, não tem como escapar, para muitos deles o Guará nem existia, tantas discussões sobre o rumo da nossa região, infelizmente nenhum quis se envolver mesmo morando por aqui, mas preferem ficar longe dos problemas do Guará, que diga-se de passagem não são poucos, aumentam numa proporção incrível. 

ILHA DO MEDO

SINOPSE

Não recomendado para menores de 16 anos

No início da narrativa, o protagonista da história é apresentado como Edward (ou Teddy), um agente federal que viaja de barco para Shutter Island, onde vai fazer uma investigação. No caminho ele conhece Chuck, o novo parceiro, a quem conta um pouco da sua história.

O policial revela que foi casado, mas a esposa morreu na sequência de um incêndio. Aos poucos, vamos percebendo suas verdadeiras intenções: ele foi até lá procurar Andrew Laeddis, o assassino da mulher. 

DESCARTADA

O Caixa Preta apesar de tudo continua politicamente incorreto, de vez em quando deixa escapar um caso cretino que ele adora contar na mesa do Porcão, enquanto tomamos uma bem gelada.
Lembro ainda desse caso que ele jura aconteceu, fico ouvindo pois estou precisando ouvir coisa que me façam rir, o mundo está muito problemático.
Segundo ele um velho garanhão estava internado num desses asilos pra idosos e lá durante o banho de sol diário, conheceu uma véia ajeitadinha que também gostava de uma aventura romântica.
Passaram a se encontrar todos os dias durante o banho de sol, com isso o amor brotou, o velho pra não perder tempo deu uma cantada:
- Gosto de você, mas não podemos fazer amor aqui no asilo, gostaria que você segurasse o meu bilau, enquanto tomamos banho de sol.
Ela concordou e durante muito tempo passaram a se sentar um pouco mais afastados dos outros, sempre com o mesmo ritual, ela pegava com grande carinho o bilau do cabra, ele só faltava morrer de tanta alegria.