segunda-feira, 8 de agosto de 2022

A CAÇA




Mais uma semana, o frio começa a diminuir, com isso fico mais disposto a dar uma volta pela cidade, meus passos me guiam direto ao Porcão, onde sentados numa das mesas costumamos fazer um balanço da semana, já nos preparando para a semana que está começando.
O Caixa Preta estava meio agitado, senti que ele tem muitas novidades, pois o cabra está quase sem fôlego quando começa a falar das coisas que ele vê por aí, me deu uma vontade de sair correndo.
Agora parece que vai começar o nosso calvário, nem na feira está dando pra circular sem esbarrar  nessa turma, com o sorriso mais falso que nota de três reais, distribuindo na maior cara de pau, abraços e afagos, fica de difícil aguentar.
Está aberta oficialmente a temporada de caça aos trouxas, ops ,aos eleitores, por mais que tentemos, não tem como escapar, para muitos deles o Guará nem existia, tantas discussões sobre o rumo da nossa região, infelizmente nenhum quis se envolver mesmo morando por aqui, mas preferem ficar longe dos problemas do Guará, que diga-se de passagem não são poucos, aumentam numa proporção incrível. 



Rodeados de puxas sacos, passeiam beijando os que com eles cruzam, passam pelos corredores da Feira do Guará, com um verdadeiro de séquito de mãos macias, comem pastel, sempre se lambuzando para parecer popular, risonhos, danam o pau a tirar fotos com os que se aproximam, grudam igual a chicletes em sola de sapato.
Mas fazer o que? O povo adora um lixo em época de eleição, depois reclamam, se conseguirem uma boquinha, ficam caladinhos, mamando e pagando mico pra justificar os mal feitos desse bando de malas sem alças queridos.
Dá dó!

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