MEIO SÉCULO, OU QUASE

São quase cinco décadas, vocês podem achar que é pouco, mas é quase meio século. O pobre lobo já está meio surrado, mas continua cada vez mais amado.

As vezes ficamos meio invocados com os rumos que as coisas costumam tomar por aqui, mesmo com grandes dificuldades o velho lobo continua de cabeça erguida.

Ao andar no Calçadão da Vergonha, inacabado e esburacado, todos os dias para manter a forma (que está indo para o brejo), aproveita-se para admirar o mulherio (as que não precisam de exercícios e aquelas que nem nascendo de novo tem jeito) e esbarrar de vez em quando em alguns conhecidos ou não tão conhecidos, marca desse lugar.

Uma cidade com ares de interior mas com espírito de grande metrópole, o guaraense é bairrista igual ao paulistano, “pois narciso acha feio o que não é espelho”(segundo Caetano Veloso).

Final de semana o destino é a feira do Guará (um shopping para muitos) para comprar temperos, comer um pastel, raizadas ou alguma coisa diferente que sempre terminam na comida típica, ou não, dos muitos restaurantes por ali espalhados.

O pessoal chega de todas as Regiões Administrativas, recebe inclusive turistas que costumam frequentá-la nos finais de semana.

Conheço muito gaiato que traz sacolas de marcas famosas, compram e pegam o metrô para circular no shopping e dizer que fez compras por lá. Para tal feito, temos duas estações do metrô que nos liga com os principais pontos do DF.

Dando uma volta pela cidade, encontra-se muitos point’s que nos finais de semana recebem uma população flutuante de fazer inveja ao Pontão.

Próximo a tudo, temos parques e uma reserva ecológica. A cidade é um charme, mesmo com todos os problemas que enfrentamos, os mesmos que enfrentam todas as grandes cidades, mas quem tem a felicidade de morar por aqui, não arreda o pé por nenhuma outra satélite.

Quando saímos de férias a vontade de voltar é imensa, nem o barulho do mar ou o frio da serra nos seguram, pode até parecer loucura.

Mas amor não é loucura? Sou louco pelo Guará!!!