EFEITO DAS FESTAS E OUTROS BABADOS

Lá no Porcão, tentando não aspirar aquela fumaça misturada com a catinga, aquela que vinha da cozinha, onde Al-Qaeda preparava alguma coisa. 
Resolvi sentar lá fora, queria ficar longe pra não sentir a catinga, minha cabeça gira parece que vou desmaiar, tenho que me manter alerta, o estômago acaba de bater na garganta. 
Nisso chega o Caixa Preta, foi logo sentando e perguntando pelas novidades, pois ainda estava de ressaca.
Foi logo contando como tinha enfrentado as festas, pois quando chega o final de ano, todo cuidado é pouco, pra evitar as armadilhas é bom ficar alerta, pois continuo meio abalado. 
Quase uma semana se passou, ainda sinto os efeitos do Natal, acho que exagerei um pouco, isso pode ser consequência do que bebi na festa, ainda estou um pouco confuso.
Pode até parecer brincadeira, mas a coisa é séria, estive pensando aqui porque ainda estou de ressaca, tenho a impressão que colocaram algo na minha bebida pois ainda estou passando mal, toda vez que lembro desmaio.
Digo isso para alertar os amigos, quero que fiquem atentos contra esses perigos ocultos em festas de final de ano, todo o cuidado é pouco.

Até agora não consegui descobrir o motivo dessa ressaca tão prolongada, pois não sei se colocaram algo na cerveja, na champanhe, no uísque, no rum, no licor, na batida de maracujá, no gin, no vermute, no traçado, no mojito, na marguerita, na cachaça, na caipirosca, na tequila, no vinho, na vodka estou desconfiando de tudo, mas tenho certeza que colocaram algo.
Deve ter sido a comida que encarei sem nem perguntar o que era, caí matando, até aquela sobremesa meio esquisita que ninguém soube explicar o que era realmente, não escapou.
Eu não quero acreditar que foi aquele amigo oculto lá no escritório, onde tomamos apenas algumas cervejas, cerca de 200 latinhas cada um, nem aquela cachaça nova que experimentei lá na praça, nem água bebi.
Para evitar repetição do que estou passando agora, ficarei mais atento e tomarei mais cuidado com o que beberei no final desse ano.