segunda-feira, 23 de agosto de 2021

OS JARDINS DO ÉDEN




A coisa tá ficando meio esquisita por essas bandas segundo o Caixa Preta, quando a gente pensa que não tem como piorar, recebe um soco no meio dos peitos.
Fica cada vez mais difícil não se abalar, mas ver que estão vendendo farelo de arroz, a ossada que sobrava nos açougues, que era transformada em ração ou fertilizante , alguns açougueiros com escrúpulos e pena estão doando aos famintos, que enfrentam filas homéricas para receber sua cota.
Nem falei de pés de frango que está sendo disputado pela orgulhosa classe média, que ainda resiste e não quer descer do salto, mas a moda agora é jejuar, foi a desculpa para o enfrentamento da crise.
O velho Caixa apesar de um pouco triste não perde tempo e diz que bom é ser pobre, divertido e patético.
Mas o pior que isso é quando nos damos conta que isso está ocorrendo aqui no nosso país, onde a maioria sem noção prefere criticar outros países sem olhar o que realmente acontece.
Nessa roda viva em que vivemos, parece até que vivemos nos jardins do Éden, onde nada de ruim acontece.



Sempre naquela lógica de levar vantagem em tudo, segundo a famigerada Lei de Gerson, pois pra ganhar alguém tem que se lascar.
A lógica é ficar com o troco a mais recebido nos estabelecimentos comerciais, cortar filas em eventos, dizer que leu um livro de um grande escritor, quando na verdade nunca passou do resumo ou na conversa com leu.
Bater em outro carro no estacionamento e cair fora antes que alguém perceba, arrancar placas nas ruas para enfeitar o quarto, trocar votos por uma boquinha, cestas básicas, propaganda política enganosa, mostrando realizações que nunca aconteceram, numa verdadeira perpetuação da burrice.
E não adianta se enganar que logo bateremos no fundo do poço, porque na verdade o poço não tem fundo.

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