domingo, 17 de abril de 2022

PÁSCOA,COELHOS E OVOS




Um calor de lascar, bebendo muita água, o suor escorrendo, estou tentando me concentrar pra escrever o meu artigo para o jornal, o calendário mostra que estamos na semana santa, talvez por isso o Caixa Preta tenha sumido.
Leio com tristeza que mataram Henry Borel novamente, ao libertar a mãe, pra mim a maior culpada pela morte da pobre criança, colocando nela uma tornozeleira eletrônica, os noticiários de TV mostraram a criminosa rindo por voltar a viver em liberdade, matando assim mais uma vez um inocente.
O telefone toca, o velho Caixa na linha, ficamos de nos encontrar lá no Porcão, onde podíamos pecar tomando uma deliciosa cerva bem gelada, ouvindo as reclamações do Galak.
Mas o assunto que o velho Caixa queria falar era da Páscoa, apesar de não ser muito religioso, o cabra sempre tem uma observação a fazer sobre a data.
No boteco nos deparamos com uma turma muito animada, já no clima, esquentando os fígados.
Pra animar o ambiente, a turma do Exaltacana botava pra quebrar, uma verdadeira salada musical, todo mundo dentro do ritmo dava gosto ouvir uma banda tão eclética, para se ter uma ideia enquanto uns tocavam música da Legião Urbana, outros atacavam um ritmo desconhecido que provavelmente será lançado no próximo século. 
Mas falemos da Páscoa, o povo sempre foi muito hábil ao incorporar hábitos seculares aos seus rituais religiosos. 



Aí foi um vale-tudo. Misturaram comemorações hebreias, egípcias, europeias, judias, numa zona religiosa muito salutar. 
Depois da mistura toda, ainda incluíram um jejunzinho básico e a proibição de comer carne vermelha, já que muitos não conseguem nem comer frango ou peixe, pelo preço proibitivo.
Quando tudo tinha virado apenas história, os portugueses enfiaram uns bacalhaus no meio , os supermercados passaram a vender lascas de bacalhau, o povo sem dinheiro passou a comer sardinhas e os índios, o Bispo Sardinha, a Bahia tirou o vatapá do candomblé, dando mais uma força nas vendas de dendê e camarão. O fato é que hoje não se sabe onde isso vai parar, periga acabar em pizza ou churrasco, como tudo aqui pelos trópicos, mesmo sem entender mais nada da data.
Feliz Páscoa!

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