Um calor de lascar, bate uma falta de ânimo até pra ir ao boteco tomar uma gelada, mas assim mesmo fui ao encontro do Caixa Preta, pois o meu amigo tinha alguma coisa pra me contar, parecia ser algo grave, quando o encontrei o cabra estava mais sério que cachorro vira- lata na frente da máquina de assar frango.
Chegamos lá no Porcão, depois da costumeira troca de xingamentos entre o Caixa e o Galak, o nosso gentil garçom que suava muito e enxugava o suor no avental sem muita cerimônia, tudo voltou ao normal, o estômago chegou a revirar mas me mantive firme, queria apenas tomar uma gelada.
O velho Caixa me falou de Dubai ou Guaralândia, essa mistura mal feita de Guará com Disneylândia, onde um verdadeiro mundo de fantasia, criado por alguma mente doentia veio povoar o nosso imaginário, fazendo com que as grandes mazelas de nossa cidade pareçam fruto de nossa imaginação.
Mas a dura realidade bate na nossa cara, como um tapa tenta nos acordar desse marasmo que durante muito tempo dominou a população, que agora parece querer tomar de vez as rédeas do comando, onde pouco ou nada tivemos de investimentos na infraestrutura que a muito merece um pouco de atenção de quem vive fazendo juras de amor, mais falsas que nota de três reais.
Isso talvez venha nos trazer de volta a realidade de uma cidade com problemas graves,
uma cidade cheia de gambiarras, onde o improviso parece ser a tônica de quem é responsável pela cidade, tudo feito sem planejamento ou qualquer estudo, mas sempre com vistas a atender ao clientelismo desenfreado que tomou conta da Administração durante os últimos anos.
A população precisa acordar e tentar dar um basta nessa situação caótica em que se encontra o Guará, está na hora dos moradores saírem da zona de conforto, começarem a cair na real sobre as aberrações que por aqui acontecem, mas está aí pra quem quiser ver, uma vergonha, um verdadeiro acinte contra a população.
Cria vergonha Guará!
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