Brasília, sua linda!
Quando aqui cheguei, você ainda era uma pré adolescente, estava despontando mas já apresentava esse porte de rainha, hoje completando 62 anos já é uma balzaquiana de respeito, apesar desse jeito largadão, com ares de abandonada, continua resistindo, de cabeça erguida vai levando, ainda com toda a sua majestade embelezando o Planalto Central.
Muita coisa rola por aqui, trazida dos diversos rincões dessa grande nação por forasteiros que todos os dias chegam, trazendo o que é bom e ruim, nem é bom falar para não começar a chorar, mas talvez hoje por isso temos pouco a orgulharmos - nos, a não ser a nossa luta diária para que essa estrela volte a brilhar com mais intensidade.
Hoje esse é o triste retrato daquela que já foi a “Capital da Esperança”,uma cidade ainda bela, que já foi rica, mas passa por um grande processo de degradação.
Quem a ama fica nostálgico e triste de um passado não muito distante, onde o orgulho maior era esse cartão-postal de pura beleza, encaixado no meio do cerrado.
Com a falta de planejamento para o futuro, até por crise hídrica já passamos, enfrentamos, mas nada comparada a crise moral que estamos passando, coisa que talvez não acontecesse se os nossos governantes aventureiros, tivessem uma visão melhor além da própria carreira política, acima da missão que lhes foi confiada pela população.
Mesmo assim, apesar de tudo, com esse ar tão seco e clima desértico, consigo me sentir feliz no meio de suas asas, eixos, tesouras, dabliús e éles.
Olha que um dia a chamei de fria, sem alma, nem parecia o Brasil, hoje talvez não exista alguém tão apaixonado por essa cidade.
A minha declaração é simples: TE AMO, BRASÍLIA!
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