domingo, 16 de setembro de 2018

GAMBIARRAS CULTURAIS

Sentados lá no Porcão, tomando o néctar dos deuses, aquela cerveja estupidamente gelada lá no templo maior da boêmia dura e lisa do Guará, junto ao pessoal ligado ao Movimento dos Sem Grana – MSG.



Pelo semblante fechado do velho Caixa, pude notar que ele não estava de muito bom humor, coisa rara nele.
As moscas faziam a festa no nosso prato de tira gosto feito pela Al-Qaeda a mãe do Galak, era pra ser iscas de fígado, mas pareciam minhocas assadas.
Depois de um longo um suspiro, naquele entusiamo que lhe é peculiar, finalmente o Caixa  caiu matando no assunto da semana.
Contou que na sua procura pela Biblioteca Pública do Guará, foi parar lá pelas bandas da Casa da Cultura, que embora ainda nova, até hoje nada funciona por lá, apesar de muita gente já ter prometido uma solução, nenhuma delas é a curto prazo.
Na verdade o que falta é vontade de fazer, coisa que parece ninguém tem. Cultura pra que? De repente o povo fica esperto e começa a questionar tudo por nada ser feito com a seriedade que merece.
O que se vê por ali é caso de polícia, um festival de gambiarras e serviços feito nas coxas que impedem o funcionamento pleno do espaço, mostrando que o trato com as coisas públicas continuam, como sempre, nada valendo aqui no Guará.
O Caixa falava espumando pelos cantos da boca, fiquei um pouco assustado, pois dizem que Agosto é o mês do cachorro louco, lembrando disso, instintivamente puxei uma cadeira para o meu lado me preparando para o pior.
Ele contava que nunca viu tanta parede rachada e piso arrancado e que a internet por lá nem pensar! Disse inclusive que se ligar dois aparelhos numa tomada, o lugar fica sem energia na hora, pois o gato armado, puxado lá do estádio do Cave, não suporta muita tensão.
Nós é que não aguentamos mais tanta esculhambação.

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