sexta-feira, 11 de novembro de 2016

SAUDOSO JOLI

SAUDOSO JOLI

Meio sem assunto sentados lá no Porcão,esperando que o Galak passe aquela cantada lá na garota que ele escolheu para azucrinar o ouvido e resolva atender a freguesia.


Perguntei ao velho Caixa só para provocar, se ele teve um cachorro quando era criança,dizem por aí que quem nunca teve um cachorro na infância pode se considerar sem infância.
O velho Caixa então com lágrimas nos olhos lembrou que na infância tivera um cachorro,resolveu então contar a história apesar de não ter boas lembranças sobre o caso,contou uma história sobre um cachorro que ganhara de presente de uma tia solteirona meio maluca,era um dinamarquês que recebeu o nome de Joli(Putz),isso não é nome de cachorro que se preze,o bicho era até bonitinho mas o nome não gradava a ninguém.
Como o nome não combinava com o bicho,parecia nome de cachorro baitola, o Caixa odiava de morte tal nome, resolveram rebatizá-lo de Satã ficava bem melhor,mas o cachorro não gostou do nome e só atendia por Joli,o bicho era “tinhoso'.
Com lágrimas nos olhos o Guerrilheiro do Cerrado contava a história de Joli(Satã),o pobre morreu atropelado por um caminhão e para provar o amor que tinham pelo animal resolveram enterrar no Cemitério de Cachorros lá da Asa Norte.
Quando chegaram por lá resolveram dar uma olhada nos túmulos para buscar inspiração para o que iriam escrever na lápide do pobre animal,bem ao lado tinha uma que parecia ter sido tirada de uma novela mexicana que dizia:”Barão adorado e super amado Barão. Você foi o sol que iluminou o meu caminho,o calor do meu afeto e a alegria da casa. Nunca te esquecerei, Jandira.” Muita frescura!!
Claro que o Caixa não ia colocar uma lápide dessas para o seu cachorro, era muita frescura para homenagear o animal, resolveu então escrever apenas:”Aqui jaz Joli”.
E basta,talvez esteja lá até hoje,sem querer me lembrei de Bono Vox um cachorro com pedigree, bem criado que tinha até segurança particular, mas aí já é outra história.

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