SAUDOSO
JOLI
Meio
sem assunto sentados lá no Porcão,esperando que o Galak passe
aquela cantada lá na garota que ele escolheu para azucrinar o ouvido
e resolva atender a freguesia.
O
velho Caixa então com lágrimas nos olhos lembrou que na infância
tivera um cachorro,resolveu então contar a história apesar de não
ter boas lembranças sobre o caso,contou uma história sobre um
cachorro que ganhara de presente de uma tia solteirona meio
maluca,era um dinamarquês que recebeu o nome de Joli(Putz),isso não
é nome de cachorro que se preze,o bicho era até bonitinho mas o
nome não gradava a ninguém.
Como
o nome não combinava com o bicho,parecia nome de cachorro baitola, o
Caixa odiava de morte tal nome, resolveram rebatizá-lo de Satã
ficava bem melhor,mas o cachorro não gostou do nome e só atendia
por Joli,o bicho era “tinhoso'.
Com
lágrimas nos olhos o Guerrilheiro do Cerrado contava a história de
Joli(Satã),o pobre morreu atropelado por um caminhão e para provar
o amor que tinham pelo animal resolveram enterrar no Cemitério de
Cachorros lá da Asa Norte.
Quando
chegaram por lá resolveram dar uma olhada nos túmulos para buscar
inspiração para o que iriam escrever na lápide do pobre animal,bem
ao lado tinha uma que parecia ter sido tirada de uma novela mexicana
que dizia:”Barão adorado e super amado Barão. Você foi o sol
que iluminou o meu caminho,o calor do meu afeto e a alegria da casa.
Nunca te esquecerei, Jandira.” Muita frescura!!
Claro
que o Caixa não ia colocar uma lápide dessas para o seu cachorro,
era muita frescura para homenagear o animal, resolveu então escrever
apenas:”Aqui jaz Joli”.
E
basta,talvez esteja lá até hoje,sem querer me lembrei de Bono Vox
um cachorro com pedigree, bem criado que tinha até segurança
particular, mas aí já é outra história.
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