Sempre quando precisamos tomar uma gelada nos dirigimos ao templo sagrado da falta de higiene, o nosso amado Porcão, onde além de sermos maltratados podemos deixar pendurado para pagar quando a volta do Salvador for confirmada.
Lá na mesa sempre estrategicamente na porta, para facilitar a fuga em caso de calote ou o mau humor do Galak ou do cachorro pulguento dele, o Saddam, bicho nojento que vive deitado por baixo das mesas esperando uma canela pra morder, sempre se lambendo.
Por falar no animal, estranhei a ausência do bicho, que não veio nos receber com os tradicionais latidos e rosnados, para entregar de bandeja a nossa presença.
Parece que a Al-Qaeda estava preparando algo, aquele cheiro de tripas assadas estava empesteando o ar, o velho Caixa estava meio faminto, pediu logo um prato da iguaria cujo nome me deixou de cabelos em pé, diziam eles que era um prato chinês com o nome esquisito: Kaninus Lascadus, não entendo muito da língua mais senti algo estranho no ar.
Algo não combinava, os meus cabelos estranhamente estavam ficando em pé, pensei estar em algum filme de terror, tentei relaxar.
Quando os pratos foram colocados na mesa sem querer olhei em volta a procura de Saddam, nem sinal do animal.
Comecei a ficar saudoso, senti os olhos marejados, era a pimenta que o Caixa colocou no prato dele, que era forte pra cacete.
Procurei me concentrar no prato à minha frente, não conseguia explicar, mas fiquei mais arrepiado que gato quando briga com cachorro, olhei e vi uma queixada que parecia não ser totalmente desconhecida, levantei de uma vez e fui vomitar na frente do quiosque em repúdio a morte de Saddam
O SADAM VIROU KANINUS LASCADO. ÔÔÔ COITADO!!
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