Lá
no Porcão, eu e meu amigo Caixa Preta bebíamos a nossa cerveja, e
as moscas em volta pareciam fãs ensandecidas de algum cantor
sertanejo ou jogador de futebol, estavam apenas esperando a gente
tirar a tampa da panela para atacar.
Vi
algo boiando no meio da gordura, procurei desviar a atenção para
não começar a vomitar a comida de ontem. O cachorro do Galak me
olhava e lambia os beiços, pensei estou frito...relaxei e
me preparei para ouvir a
história que o velho Caixa começou a contar.
Outro
dia por ali chegou um cabra com cara de poucos amigos, sentou numa
mesa bem afastada, pediu uma bebida e ficou em silêncio. Vi que
estava armado. Minhas pernas faziam um barulho estranho, eram meus
joelhos batendo um no outro.
Logo
em seguida chega um bebum meio velho, pede uma cachaça, olha em
volta e dá de cara com o estranho que bebia na mesa, do nada lascou
o grito: - Sua mãe é muito gostosa, uma gata...Todo mundo ficou
esperando a reação. Um silêncio sepulcral, se caísse um fio de
cabelo no chão, ia ser um barulho da peste.
O
cara então se levantou lentamente e caminhou em direção ao bebum,
sentia-se o cheiro da morte no ar. Muita gente correu pro banheiro,
pois a comida aliada com o medo provoca essas coisas. Andou até o
bebum encarou ele de frente e disse:- Pô!!! Tú já está bêbado de
novo! Vai pra casa ,pai!!”
É
mole???
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