quinta-feira, 5 de maio de 2022

NÃO SOU MASOQUISTA




Segundo o Caixa Preta, em terra de cego quem tem um olho é rei, mas se tiver os dois será considerado uma aberração, sem querer me lembrei de uma região administrativa chamada Guará.
O mês de Maio chegou, com ele o aniversário do Guará, o nosso pedaço de chão, completa 53 anos sem ter muito o que comemorar, tento me lembrar de algo que realmente seja digno de comemoração, não consigo, não sou masoquista.
Os aprendizes de feiticeiros estão acabando com o pouco que resta do nosso quadrado, que hoje parece apenas o arremedo de uma cidade onde a tônica parecia ser o desenvolvimento e a qualidade de vida da população.
Tudo isso parece ter se perdido pelo caminho com o passar dos anos, com a chegada de aventureiros que buscam apenas uma boquinha pra chamar de sua, sem nada agregar aos nossos sonhos e valores, transformando com isso o Guará em apenas mais uma cidade para servir de poleiro pra essa cambada, esquecendo de planejar o futuro.
Futuro esse, que não se vislumbra com clareza, pois não conseguimos enxergar o que virá e o preço que pagaremos por essa aventura, que mais parece um filme de terror.
A população na sua apatia, ainda abriga alguns, que pensam em usar a cidade como trampolim de suas tentativas de conseguir, talvez um abrigo para seus delírios, perpetuando-se em cargos políticos, sem nada a acrescentar.
Temos como um exemplo vivo as audiências sobre aquela aberração que teimam em querer implantar a todo custo na QI-23, mesmo que o contribuinte mais uma vez se lasque, como já se tornou costume por aqui.



Tudo feito pra atender aos chegados ou alguns afortunados amigos do rei, dá nojo ver o festival de nonsense que transformaram o Guará, apenas para satisfazer alguns em detrimento da população.
Com a chegada das campanhas eleitorais as preocupações tendem a aumentar, do nada aparece uma cambada de candidatos cheios de conversa fiada que, de tão bonzinhos, muitos deles já pediram até canonização prévia ao Vaticano.
O Caixa me falou que pôde perceber que tem uns que acham que sem eles o Guará nem existiria.
O pior é que tem outros que nem moram por aqui, mas aparecem todos fagueiros, cheios de amor pelo Guará, pois apesar de morar longe daqui, sentem uma saudade danada, que misteriosamente aumenta em época de eleição.

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