Não podia deixar passar batido depois de uma longa conversa que tive com uma amiga, que é negra, onde ela me contou as humilhações por quais já passou e em nome da tranquilidade, resolveu não revidar.
Confesso que escutei todo o relato com um misto de nojo e revolta, pois em nosso país onde a grande miscigenação é a base da nossa composição racial, não raro nos deparamos com manifestações imbeciloides de intolerância racial, isso deixa muita gente assustada e indignada.
Essas manifestações que muitas vezes aconteciam de forma sutil, passando muitas vezes despercebido por quem não é a vítima, agora estão extrapolando, passando dos limites do bom senso que deve nortear a vida de todo cidadão, ciente da sua civilidade para o pleno convívio social.
O racismo muitas vezes se manifesta em forma de piadas de mau gosto, músicas, xingamentos, violência sem motivo lógico ou até mesmo evitando contato físico.
Muitas vezes nos calamos por comodidade é muito difícil sair da nossa zona de conforto, muitas vezes fingimos, minimizamos e achamos que tudo não passa de brincadeira, mas, na verdade, a coisa é muito séria, principalmente quando atinge nossas crianças, amigos ou filhos de pessoas queridas e conhecidas, aí é que nossa revolta ganha corpo e voz. Esse comportamento imbecil de adultos idiotizados é repetido por crianças que veem nos pais o espelho e repetem, pois ninguém nasce racista, aprende-se através de exemplos, palavras, gestos de intolerância racial, religiosa ou mesmo de classes.
Isso, por mais que soe ou pareça natural para alguns, para muitos é uma afronta, pois tenta diminuir a importância do ser humano.
Ouvindo o relato da minha amiga, confesso que desabafo dela me tocou, vi que muito temos ainda que aprender e praticar, para dessa forma ensinar aos nossos filhos o quão danosa é qualquer tipo de manifestação racista.
Pois racismo é ódio, embora não pareça, machuca e muito. Contra isso só uma boa educação que mostre que somos iguais, não podendo de nenhuma forma sermos definidos pela cor da nossa pele, por crenças religiosas, classe social, seja lá qual for a diferença.
Vidas importam!
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