No início deste mês, a Polícia Federal deflagou a Operação Clã para desarticular outra organização criminosa suspeita de interferir e cobrar taxas para a concessão de lotes do Programa Habitacional Riacho Fundo II – 4ª Etapa. Os investigados vendiam, também por até R$ 15 mil, lugares na lista da Codhab.
O clã apontado pela PF é a família do ex-presidente da Codhab Rafael Carlos de Oliveira. Documentos exclusivos obtidos mostram que o pai, Carlos Roberto e a irmã dele, Daniela Kely, teriam encabeçado o esquema milionário de grilagem de terras, por meio da Associação Pró-Morar do Movimento Vida de Samambaia (AMMVS). O grupo teria agido por mais de cinco anos. O lucro obtido ainda é contabilizado. Além da venda irregular de lotes, eles atuariam na captação de votos para políticos.
A polícia ainda investiga se os suspeitos tiveram auxílio de servidores ou até mesmo do ex-secretário de Regularização e Desenvolvimento Urbano do Distrito Federal Geraldo Magela (PT). Um dos fatos que causou estranheza aos investigadores foi um termo aditivo assinado pelo petista, em 2013, que deu plenos poderes às associações de moradia popular. Além de ter o terreno no Riacho Fundo II, a AMMVS, que reúne 206 filiados, recebeu autorização para escolher os beneficiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. A associação também tinha autonomia de fiscalizar o processo.
Fonte:Metrópoles
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