Estávamos sentados lá no “Porcão”,enquanto bebíamos nossa cerveja estupidamente gelada(parecia falsificada),mas pelo preço descia bem.
Pedi então ao velho Caixa me contar algo que lembrasse o surgimento dele nesse mundo, uma legião de fãs estão ávidos para saber alguma coisa do Guerrilheiro do Cerrado, confesso que até eu estava curioso.
Lutando contra as moscas que teimavam em dar salto ornamental no copo dele, soltou um longo suspiro...me olhou com aquele ar sinistro e soltou a pérola: ”Depois de uma atribulada gravidez a Dona Caixa, mãe do Caixa Preta teve que ir às pressas para o hospital para que o rebento não nascesse em casa, na rede da varanda.
Seu Caixa saiu do trabalho e foi direto ao hospital, onde chegou esbaforido querendo ver o pimpolho, já tinha tomado “umas”,mas estava firme,só estranhou o modo como médicos e enfermeiras o olhavam, o que o incomodou um pouco...
Foi logo encaminhado ao quarto para ter o primeiro contato com a cria de sua costela,o seu tão esperado herdeiro, que por sinal era o nosso conhecido Caixa Preta.
Quando viu aquela coisa quase enfartou...miúdo, muita cabeça e pouca carne, mais feio que desastre aéreo, a muito custo manteve-se firme para não contrariar a jovem mãe, que toda orgulhosa segurava o tão esperado filho.
E com aquela infinita ternura que só as mães conseguem ter pelos seus amados filhos disse: - “Veja...que lindo...não é um tesouro” ?
O pai sempre tão meigo respondeu: - “É realmente um “tesouro”...vamos aproveitar e enterrar”!!
Pedi licença ao velho Caixa, fui ao banheiro e quase morro de rir!
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