segunda-feira, 7 de março de 2016

SININHO

O Caixa Preta fazia algum tempo que não me contava alguma aventura sua, aquelas do passado que eu gosto de ouvir para dar umas boas risadas.
Perguntei se ele não tinha uma boa ali na ponta da agulha pra contar, estávamos lá no Porcão, entre uma cerveja e outra resolveu contar essa: “Quando era mais novo e cheio de gás o velho Caixa passou por poucas e boas.



Um belo dia conheceu uma bela garota, diz ele e sem querer já me veio à mente a imagem de um dragão ou draga, parecido com aquela que se apaixonou pelo burro num desenho animado famoso.
A mãe da dita cuja não deixava nem pegar na mão, marcava mais em cima do que Júnior Baiano um carinhoso zagueiro do Flamengo, mas o velho Caixa tinha as manhas e sabia como ninguém aproveitar os vacilos da velha megera.
Como era costureira e não podia ficar na sala de olho no mala, pois conhecia a fama do cabra que não dispensava nem bananeira em quintal alheio, um verdadeiro terror para quem queria ver a filha subir ao altar ,pura e casta como nasceu.
Para se precaver comprou um “sininho” que deixava na sala para que o Caixa tocasse de minuto em minuto enquanto ela cuidava dos afazeres, pois queria saber onde andava as mãos do mancebo enquanto ela estivesse ocupada.
O nefando Caixa ficou com o “sininho” procurando uma solução para o impasse, logo descobriu a solução vendo o cachorro da casa esparramado no tapete da sala.
Amarrou o “sininho” no rabo do bicho e de minuto em minuto estalava os dedos, o cachorro balançava o rabo, o “sininho” tocava, o Caixa se esbaldava e a velha sorria tranquila lá no quarto.
Garoto maroto!!!




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