quarta-feira, 20 de outubro de 2021

GUERRA NO CALÇADÃO




Fiquei a observar os ciclistas que trafegam lá no Ciclodão, a nossa ciclovia que vai do nada a lugar nenhum, muitas vezes ocupando a pista de pedestres, causando transtornos e alguns entreveros entre os frequentadores do Calçadão da Vergonha.
Onde as duas se misturam, a convivência entre os usuários do Calçadão da Vergonha fica muito tumultuada, as reclamações explodem contra ciclistas mal educados.
Como sabemos as ciclovias exercem um grande fascínio sobre a população em geral, em especial nos ciclistas leigos. 
Existe uma crença que só a segregação do ciclista em relação ao trânsito proporciona segurança no pedalar é muito enraizada, mas a realidade é outra. 
Não resta dúvidas que ciclovias têm qualidades, mas não existe milagre e elas também apresentam seus pontos fracos. Talvez o ponto mais forte do conceito ciclovia esteja no imaginário das pessoas. 
Ela pode ou não ser a opção mais segura e apropriada, em várias situações é mais apropriado ter faixas para ciclistas, sinalização, trânsito partilhado, até mesmo não fazer absolutamente nada. 
Mas há outros fatores a ponderar antes de optar pela ciclovia, o que não foi considerado na do Guará. 



Como tudo por aqui é feito nas coxas, precisam agora fazer um planejamento com uma melhor sinalização da pista, para evitar o que rola quase que diariamente por lá, causando um descontentamento geral.
Para criar uma via apropriada é necessário tirar espaço de alguém, seja dos veículos motorizados ou até mesmo dos pedestres, o que faz com que processo de implementação seja realizado no mínimo com alguma espécie de atrito. 
Ciclovia é sempre a opção mais complicada de ser implementada, os custos de sua manutenção também devem ser levados em consideração ou então o dinheiro investido será jogado no lixo.
Será que tem jeito?

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