Estava sentado em frente ao computador quando de repente o telefone toca, já dá pra adivinhar que era o Caixa Preta marcando uma reunião de emergência quase secreta no nosso escritório, o amado Porcão.
Com aquela cerveja bem gelada sobre a mesa, ouvindo as cagadas Bolsonarianas que saiam da boca do nosso garçom, o Galak, começamos a nossa sessão de descarrego de coisas ruins que por aqui acontecem.
O velho Caixa sempre inquieto começou a descarregar os assuntos, prestando muita atenção, fui anotando para não deixar nada escapar.
Parece que o povo vai continuar sendo iludido pelos padrinhos e apadrinhados de plantão, fazendo crer que tudo por aqui é um mar de rosas. Até intervenção na Feira do Guará foi jogada aos quatro ventos pelo Administrador de plantão, pois agora a moda distrital é ocupar diversos cargos pois, segundo a grande maioria, são superdotados e onipresentes.
Posso até acreditar que a direção da feira não seja a ideal para confrontar os graves problemas que hoje enfrenta, mas o GDF na sua omissão, conjuntamente com a Administração, não conseguiram até hoje por ordem na bagaça.
A tal intervenção foi devidamente abortada por falta de respaldo legal, mas logo a desculpa real para a não intervenção foi avistada, pois o padrinho não podia ficar mal na fita, jogaram a culpa nas costas da afilhada que calada estava, calada ficou, preservando-se de eventuais sanções.
Mas o Guará é a terra do ôba, ôba todos jogando pra plateia, um verdadeiro circo, onde o palhaço é o povo da cidade, que fica de boca aberta vendo tudo acontecer sem tomar qualquer atitude para conter essa onda.
O que vemos por aqui é uma cidade onde as leis e regras nunca foram realmente aplicadas, tudo com interesses diversos embutidos, menos os da população que sempre ficam em segundo plano.
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