segunda-feira, 16 de setembro de 2019

LE COQ AU VIN

Estou aqui sentado me preparando para escrever o artigo semanal, olho para garrafa de vinho barato($17855,54) preço da garrafa de La Romanée Gran Cru, safra 2011,está quase pela metade, mas jurei ao Caixa Preta que não tomaria o restante, aderindo ao boicote aos produtos franceses.



O Caixa Preta é mais radical, não compra mais croissant, petit gâteau, roquefort cheese, nada de foie gras e le coq au vin, aboliu tudo do dia a dia não quer nada que lembre a França de Macron. Champagne então, nem pensar! 
Até os filmes de Brigitte Bardot, Jean-Paul Belmondo, Jaques Tati e outros famosos ele está evitando assistir quando passa em algum canal de TV fechada.
Música, ele foi radical, agora ataca de Wesley Safadão e mais um monte de outros, pois segundo ele essa turma em matéria de talento supera Edith Piaf, Charles Aznavour, Sacha Distel, Mireille Mathieu e outros.
Foi com esses delírios que resolvi abrir a discussão lá no Porcão tomando a nossa nacional canela de pedreiro(cerveja super gelada), que é barata e dá pra mandar pendurar.
O velho Caixa, sempre pronto com as novidades na ponta da língua resolveu iniciar com um assunto que parecia ter adivinhado o meu pensamento, pois o tema era o mesmo.
Sem muito entusiasmo resolvi dar uma volta, esse calor com rajadas do vento polar vindo do Piauí não anima nenhum cristão em sã consciência sair de casa, mas vencendo o desanimo resolvi dar uma chegada lá na famosa QI-07 bem ali no Guará I, onde estão concentrados a maioria dos bancos, lojas comerciais, quiosques enfim um verdadeiro mercado persa, onde rola de tudo sem que a fiscalização perturbe ninguém.
Mas o que chama a atenção de quem se arrisca passar por lá são as vagas ocupadas no estacionamento, além dos carros que normalmente estacionam por ali, caminhões carregados com mercadorias, camelôs vendendo tudo quanto é tranqueira, sentem-se donos do pedaço, ocupam as calçadas sempre na certeza que tudo está dominado e não serão incomodados. 
Dá gosto ver uma área importante, movimentada, onde o grande fluxo de pessoas e veículos é uma constante, com tudo loteado pela galera do comércio informal, ali tudo parece ser permitido.
Se por acaso alguém for resolver algo naquela região e precisar estacionar, melhor ir a pé ou procurar outro lugar pois além da insuficiência de vagas, a bagunça fez morada por lá, sempre contando com a inoperância de quem deveria colocar ordem na bagaça. 

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