quinta-feira, 7 de abril de 2016

O BURRINHO

Enquanto tomávamos nossa cerveja estupidamente gelada lá no Porcão,observando as moscas sobrevoarem a mesa dando rasantes de fazer inveja aos aviões da FAB nas comemorações de 7 de Setembro.
Algumas mais afoitas já faziam pouso direto no tira gosto,o cachorro do Galak me olhava mostrando os dentes,talvez sorrindo amistosamente ou com vontade de morder minha perna que recolhi imediatamente pra prevenir o pior.



Perguntei ao Caixa Preta se tinha algum caso para contar,estava doido para ouvir algo engraçado daqueles que só o velho Caixa consegue contar.
Acho que para sacanear com o “Portuga” nosso amigo ele resolveu contar uma da infância do gajo.
Dizem que a família quando chegou ao Guará,compraram um carro para os deslocamentos para o trabalho,que por coincidência era na quadra ao lado,mas a portuguesada não gostava muito de botar o pé no barro,que cobria as ruas antigamente.
Com o uso constante do veículo o desgaste era natural,precisava urgentemente de uma revisão, o papai portuga resolveu levar o carro numa oficina de um mecânico famoso na época,pois era o único que tinha na cidade.
Depois de uma minuciosa revisão o velho mecânico deu o diagnóstico:-Está tudo em ordem,só os freios que não estão muito bons,vou precisar sangrar o “burrinho”.
O tempo fechou,seu portuga colocou pequeno “burrinho”,digo, portuga filho para trás e muito bravo respondeu:-Se tocares no pequeno eu não respondo por mim!
Arrebita,arrebita!!!


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