terça-feira, 27 de agosto de 2024

UMA ATLETA ESQUECIDA

Cansado de ver as Olimpíadas de Paris resolvi dar uma volta, talvez encontrasse um tema interessante para o meu artigo, a sorte estava do meu lado.
Andando distraidamente pelo centro do Guará me deparo com aquela figura mais que conhecida, o meu amigo Caixa Preta, que dentro do espírito olímpico já chega tirando um sarro e reclamando.
Dizia ele que uma grande atleta olímpica nunca foi reconhecida pela mídia, sempre relegada e nunca procurada por grandes redes de Tv's do Brasil.
Comecei a ficar curioso, mas conhecendo o cabra como eu conheço, resolvi ficar na espera da revelação do nome de tão esquecida atleta, que apesar de não reconhecida contava com esse grande admirador.
Quase morro de rir quando ele me contou quem era, minha gargalhada não agradou muito ao velho Caixa, que já foi descrevendo a atleta em questão.
- Velho Gruja, mamãe já foi uma grande atleta e nada ficava a dever as grandes campeãs medalhistas, na modalidade arremesso de chinelo.

Mas o forte mesmo era o arremesso de tamanco, só lançado por mainha em ocasiões especiais, lembro que uma vez ela me acertou na cabeça, passei uns dias andando meio bambo, acho que até hoje tenho a marca.
-Não costumava errar um lançamento, acertava todos, taí os meus irmãos que não me deixam mentir. 
Olha, na época eu corria mais que o Usain Bolt, um  jamaicano que deitava e rolava em corridas, foi difícil segurar o riso, aliás, gargalhadas que quase me fazem perder o folego e chorar. 
Acrescentou que se fosse hoje lá em Paris, a minha mãe tinha ganho ouro individual, mas junto com algumas vizinhas tinha levado um prêmio por equipe, pena que foram esquecidas pelo Comitê Olímpico.
Agradeci aos céus pelo presente de receber essa graça de ter um amigo tão divertido que me faz rir de vez em quando, coisa que não ando fazendo com muita constância.
Rir ainda é o melhor remédio.

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