segunda-feira, 3 de novembro de 2025

LEMBRANÇAS, LEMBRANÇAS, LEMBRANÇAS


Encontrei com o Caixa Preta, ele estava arrasado, não tinha aquela alegria que sempre mostrou quando nos encontrávamos lá no Porcão.
Sentados, ele me contou o real motivo, tinha tido a notícia que o nosso amigo jornalista Jairo havia morrido, vocês sabem que eu e o velho Caixa tínhamos grande admiração pelo velho escriba, é como o Caixa citava o leitor assíduo dessa coluna o que muito me agradava, me deixava até envaidecido, foi um duro golpe.
Os bons quando nos deixam, parece que o mundo fica menor, sem graça e desprotegido, pois pessoas boas, no nosso mundo de hoje são raras, quando se vão parece que deixam uma lacuna difícil de ser preenchida.
Bebendo a nossa cerva pra lá de gelada começamos a relembrar o passado, os nossos cabelos brancos revelavam as poucas e boas que passamos defendendo com unhas e dentes a nossa querida cidade, o nosso Guará.
Enquanto nós envelhecíamos, por incrível que pareça, o contrário acontecia com o Guará, que de uma simples vila maldosamente por muitos apelidado de Cidade Dormitório foi se transformando em uma moderna cidade, com tantos problemas e descasos, mas cada vez mais amada por nós.
Afinal de contas, essa é a nossa cidade. Aqui estão velhos amigos, cada um com sua história de vida de alguma forma ligada a ela, que não para de crescer.
Muitos amores na juventude criaram esse elo, que quanto mais o tempo passa mais aumenta a nossa ligação.
Parece até que estou descrevendo o paraíso fincado no meio Planalto Central, onde aprendizes de feiticeiros, verdadeiros predadores apenas se aproveitam da nossa passividade trazendo por trás dos falsos sorrisos apenas dissabores.
Temos que lutar, essa é nossa obrigação, não vamos deixar a nossa cidade se transformar nesse paraíso de aproveitadores.
Um lugar não apenas para dormir, mas um lugar para amar, viver, fincar raízes, criar os nossos herdeiros.
Isso é o que queremos e merecemos !! 

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