quinta-feira, 23 de maio de 2024

PAPAGAIADAS




Junto com o Caixa Preta fui até o templo da cachaça e dos salgadinhos mortais preparados pela Al-Qaeda, mãe do Galak, um ambiente tranquilo se não fossem as moscas que de vez em quando querem roubar o prato de tira gosto. 
Aquele garçom que é um poço de doçura, desfere coices que na verdade são o modo terno de tratar todo mundo, sempre com aquele semblante tranquilo, com ar de lutador de MMA, mais parecendo um pitbull ou buldog que deixa qualquer criança traumatizada.
Depois dos cumprimentos entre o Caixa e o Galak, sempre recheados de elogios às respectivas mães, sentamos em nossa mesa para desfrutar daquela cerva bem gelada, pois ninguém é de ferro.
O Caixa Preta, tinha muitas novidades, nada passa em branco, o cabra observa até os detalhes mais escondidos, que por sinal não são poucos.
Quando vejo muita agitação da galera, tenho a certeza que estão armando um palanque para aparecer, nem que pra isso tenha que aprontar mil e umas estrepolias, o que vale é a exposição na mídia.
Fiquei surpreso essa papagaiada da comemoração do aniversário de Ezequias Heringer, que já devidamente homenageado com o nome do parque, mas uma cambada de apaixonados de araque, queriam aproveitar o embalo, muitos não conheciam nem o Guará, mas o apelo midiático foi maior.



Parece que está virando moda entre os pseudos ambientalistas os famosos passeios para limpeza dos parques, convescotes marotos, sendo que a bola da vez é o Parque Ezequias Heringer, o Parque do Guará como é popularmente conhecido, que não é um parque qualquer, pois não é um parque vivencial e é um dos que possuem o maior nível de restrição ao acesso. 
Tudo na base do improviso, apenas com o intuito de criar algum fato novo, tirar fotos e publicar abobrinhas nos grupos de What’sApps sem se importar com o que realmente está sendo feito para a conservação do parque, pois muitas arestas ainda tem que serem aparadas.
O maior problema desse parque na verdade é essa proximidade com o Plano Piloto, onde o preço do metro quadrado vale ouro, e os grandes barões da construção civil estão sempre de olho para implantar um monte de prédios monstruosos mesmo que isso custe a nossa tão combalida qualidade de vida.
Pobre Guará!

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