terça-feira, 16 de julho de 2019

EMPLACADOS

Quando encontro o meu amigo Caixa Preta, sinto que o cabra está cada dia mais irritado com o que tem notado de errado pela cidade, um verdadeiro festival de irregularidades, invasões e outras aberrações que tiram o contribuinte do sério. Isso sem contar com a grande quantidade de quiosques, que parecem brotar do nada, construídos sempre na surdina em finais de semana, quando a pouca fiscalização relaxa, vira uma festa.



Temos um bom exemplo disso ali na Praça da Moda, um amontoado de trailers vindo de todas as regiões ocupando quase a totalidade de estacionamento.
Parece que a cada dia as irregularidades aumentam, pois quem tem obrigação de fiscalizar, faz a famosa cara de paisagem, vira a cara pro outro lado e finge que não é aqui.
Tudo isso para não ter que se indispor com os infratores ou padrinho deles, tudo dominado como dizem “os manos”.
Antes as nossas maiores preocupações eram aqueles prediozinhos safados que teimam em aparecer do nada, os quiosques com puxadinhos marotos que jogam os transeuntes para o meio da rua sob risco de atropelamento, além de outros transtornos.
Só no Guará essas coisas teimam em acontecer. O pessoal não deixa barato e já dizem que pelo jeito, pedestre vai ter que pagar IPVA e emplacamento, pois as calçadas estão sumindo e nenhuma providência é tomada. 
Por toda a cidade o que se vê são idosos, pessoas com dificuldades de locomoção, senhoras empurrando carrinhos de bebê no meio das ruas sob risco de atropelamentos e  outros acidentes, pois as calçadas com raríssimas exceções, além do péssimo estado, estão tomadas por rampas irregulares, cercas, cadeiras de botecos irregulares em áreas residenciais, com a complacência de quem deveria fazer cumprir as regras do plano urbanístico da cidade.
Talvez só nos reste uma solução, que é andar no meio da rua, correndo sério risco de atropelamento, daí a necessidade de emplacamento.

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