Um
frio de rachar, sem nada pra fazer resolvi procurar o Caixa Preta pra
dar uma chegada lá no Porcão e tomar uma sopa preparada pela mãe
do Galak. A velha Al-Qaeda prepara a famosa Kamicase, uma sopa onde
tem até sola de sapato, pelo gosto e cheiro de chulé que
emana do
prato. Tomamos uma dose de cachaça, que parecia etanol tirado de
bomba em posto de gasolina aqui da região.
Resolvemos
então conversar trivialidades. Conversa vai, conversa vem, o assunto
passou a ser o frio e o velho Caixa tinha um caso na ponta da língua
para contar enquanto tomava a gororoba quente, digo, a sopa.
Tenho
um amigo meio maluco que mora lá no interior de Minas, numa fazenda
onde cria gado. Quando chega a época do frio é um Deus nos acuda,
chega a gear de vez em quando, o pasto amanhece com aquele tapete
branco.
Segundo
o velho Caixa, que foi dar uma volta por lá, tem madrugada que bate
os 6 graus negativos, com uma sensação térmica de -20 graus.
O
tal amigo está numa sinuca de bico, pois a sogra dele está
depressiva e a véia não faz outra coisa a não ser olhar pela
janela da cozinha gemendo. Se a coisa continuar dessa forma, ele não
vai ter alternativa, a não ser deixar a véia entrar. Chorei de rir
pensando na cena.
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