O
Carnaval se aproxima,todo mundo atento à entrada da Mangueira,que
promete entrar rasgando sem dó nem piedade,como não sou muito
chegado nos festejos de Momo,resolvi com o meu amigo Caixa Preta dar
um “rolê” pelo Guará para sentir o clima.
Com
esse calor que está fazendo o deserto do Saara parecer apenas um
lugar quente,o Guará parece que pra não ficar em segundo
plano,recebeu uma frente fria do Piauí que está fazendo a alegria
dos donos de quiosques e botecos da região.
Foi
nesse cenário que eu topei com o Caixa Preta,já no espirito
carnavalesco parecia que o cabra estava tomado pelo clima de Momo.
Rumamos
para o nosso reduto,o velho e amado “Porcão”,onde Galak nos
aguardava com os amáveis coices de sempre,uma gentileza de fazer
inveja ao ditador coreano.
Aqui
no reino de “Tão,Tão Distante” tudo parece fazer parte de um
tremendo conto de fadas,onde o Príncipe cercado pelo Conselheiro
Real,a Bruxa,Moleque Saci e os bobos da corte em geral todos dando
pitacos,que talvez o nobre príncipe no seu deslumbramento,sempre
sorridente a tirar fotos para enfeitar o álbum do reino,não perceba
que nada e pouco de proveitoso está sendo feito ou pensado,pois
muitas dessas figuraças há muito já gravitam como urubus em volta
do palácio.
Com
isso o reino está cada vez mais esburacado,sujo e inseguro,com
caçadores(Bandidos) sempre atrás de sua caça( População), no afã
de torná-la mais uma nota nas tristes estatísticas do pequeno
povoado,onde os aldeões perplexos não sabem o que fazer,só resta
esperar que alguém um dia desperte dessa passividade e diga que o
príncipe está nu. Pois a roupa nova do rei é apenas uma parábola
para mostrar que por trás dessa fantasia,o que existe na verdade é
apenas o fruto da nossa mente acomodada,sempre com ar de conformação
para não ferir o “status quo”,mas a realidade é dolorosa ou
seja,o buraco é mais embaixo.
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