FAZ DE CONTA

Sem querer encontrei com meu amigo Caixa Preta, fiquei surpreso com a tristeza e a preocupação que o cabra estampava na cara, não dava nem pra disfarçar.
O jeito foi ir direto ao Porcão onde o Galak com sua delicadeza de lorde, com coices distribuídos a granel nos recebe.
Sentamos na nossa mesa favorita, onde apesar do frio, dava pra encarar uma gelada, pra botar o papo em dia, pois as coisas estavam acontecendo no Guará, os assuntos como sempre nada animadores.
Os puxadinhos não são os únicos problemas a incomodar  o Guará, isso é assunto recorrente entre a população. Os quiosques estão espalhados pelas ruas da cidade ocupam calçadas, estacionamentos, atrapalham a passagem de pedestres e a visão de motoristas. 
Nem mesmo a legislação vigente consegue impedir o funcionamento dessas aberrações  fora das regras de ocupação, não existe fiscalização. 
Alguns proprietários, por exemplo, aproveitam da falta de fiscalização e a inércia dos gestores,  para invadir área pública na maior cara de pau, usam e abusam da falta de um controle maior das autoridades, aproveitam essa brecha ou omissão para ocuparem irregularmente todos os espaços.
Espaços esses que ocupam na maior cara de pau, pois tem certeza da impunidade, o contribuinte que se lasque, enquanto ocupam espaços  maiores do que o permitido, sem qualquer tipo de controle do Estado. 

O DF-Legal faz de conta que se preocupa, dizem que recebem denúncias aos montes então fazem um levantamento para saber quais têm autorização para funcionar, quantos estão dentro do padrão e quais devem ser retirados.
Isso numa velocidade de uma tartaruga com artrose, o contribuinte é que tem de bancar o dedo-duro e mostrar a eles os absurdos que acontecem com uma frequência assustadora. 
Está passando da hora desse pessoal começar a mostrar serviço, dando um recado duro nessa turma que gosta de fazer suas reformas em comércios nos finais de semana, onde botam as manguinhas de fora e os mal feitos acontecem.
Acorda Guará!