Tudo parece meio devagar, estou esperando o Caixa Preta me ligar trazendo as últimas do Guará, confesso que estou ansioso pra saber o que o cabra tem pra contar.
Enquanto aguardo, fico pensando no puxa saco que citei em um dos meus artigos, apareceu com outro show de babação, mostrando um pombo que segundo ele foi encontrado enrolado com uma linha de alguma pipa e precisava urgente de uma intervenção dos veterinários do zoológico para salvar aquela pobre criatura.
Puxar saco devia figurar como crime hediondo, pois não adianta tentar salvar o chefe, perdendo talvez um dia de folga para balançar bandeirinhas pela cidade.
Talvez seja um crime que não compensa, pois não há perdão para tanta vassalagem, o próprio chefe muitas vezes constrangido acaba sendo seu algoz.
Isso porque a bajulação desmedida se torna um fardo para o bajulado, que não aguenta e na primeira oportunidade se livra dele, pois é constrangedor, mas o puxa-saco não tem noção do seu ridículo comportamento.
A razão pela qual um ser humano se dedica a esse papel degradante é que ele sabe que é um incompetente. Mais do que o medo de perder o leite das crianças, o fato de o puxa-saco não confiar em si mesmo é determinante.
Primo-irmão do imbecil, outro patamar de idiota, o puxa-saco não contesta, não questiona, jamais pensou em discordar de seu superior hierárquico.
Por isso, toda empresa que se alicerça em puxa-sacos vai para o buraco. Mais cedo ou mais tarde.
Dizem por aí que há jornalistas que puxam o saco de seus leitores, mas não sou desses.
Querido leitor, se você por acaso espirrar ao ler a coluna, saúde!
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