sábado, 14 de novembro de 2020

A ESTRELA BRILHA


Estava dando uma olhada sobre as publicações no Facebook me deparei com uma crônica de um cara, Mário Pazcheco que tive imenso prazer de conhecer aqui no Guará, fã dos Beatles e Rolling Stones além é claro de outras grandes lendas do rock internacional e nacional.
Paixão essa traduzida por coleções a qual ele dedica uma paixão, que confessa ser quase doentia, só não suplantada pela companheira que a morte, essa desmancha prazeres de todos nós, levou recentemente. 
Foi essa crônica simples e sincera, que chamou minha atenção, não resisti tive que reproduzi-la, pois externa com sinceridade, o amor e devoção que o Mário, do seu modo descreveu:
Uh! rock'n'roll de volta mais uma vez ao meu escritório, minha compulsão por vinis, gibis, livros e muitas colagens e montagens, shows norteou os 25 anos de nossa existência triunfal, onde eu peço perdão pela nossa última briga que no mesmo dia foi contornada. Tentei compreendê-la, eu mantinha uma estranheza para não perder o amor dela. Nesses 25 anos em que juntamos bens materiais emprestamos a eles o significado de união. Em nossos debates a Rosângela se dizia mais professora quando eu cobrava mais... em relação à produção. Ela era montadora de cinema, atriz de teatro, fã do Caetano e tem mais uma coisinha que tá passando batida, mas eu vou me lembrar. Ela era culta, eu sou burro.  



Eu não vou fazer exposição, eu não vou escrever sobre ela, pois o jogo de coletar acabou. A obra da Rosângela era decorar a casa com o seu bom gosto em tudo, o seu projeto de uma nova cozinha, o nosso ateliê, fruto da grana dela e do meu suor. 
Nosso canil e o maior legado, o seu gigantesco jardim onde o amor dela era a horta não comunitária.
No último voo ao Núcleo Bandeirante ela comprou comigo material para pintar. Eu preparava a transferência do seu ateliê para a churrasqueira onde passamos um ano lindo, um 2020.
 A ficha talvez tenha demorado a cair, mas a grande e cristalina verdade, a grande estrela da casa era a Rosângela.

 

4 comentários:

  1. No calor da hora sem panos quente a resposta encharcada de imagens traduz a angústia do texto

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  2. O que é o amor genuíno, senão isso bicho? Estado poético em sua pureza diamantina. Viva Rosângela, que hoje é anja!

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  3. A dor bateu também em mim. Mas Ela vive nele, tenho certeza, e Ele disse.
    Rui Ribeiro.

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